ESTADO OPERÁRIO COREANO ADVERTE: “RESPONDEREMOS COM ARMAS
NUCLEARES SE SEUL OPTA PELO CONFRONTO MILITAR”
O regime de Pyongyang não considera Seul(capital da Coréia capitalista)seu principal adversário, nem pretende atacá-la primeiro, mas está disposto a usar suas armas nucleares contra seu vizinho no caso de uma escalada militar orientada pelo Pentágono, declarou na última segunda feira(04/04), Kim Yo-jong, irmã do dirigente norte-coreano Kim Jong- un. Yo-jong ocupa a vice-secretaria do departamento do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores. "Já deixamos claro que a Coreia do Sul não é nosso principal inimigo. Em outras palavras, isso significa que se o Exército sul-coreano não realizar nenhuma ação militar contra nosso Estado, não será considerado alvo de nosso ataque", afirmou um alto funcionário do Estado Operário, citado pela Korea Central Telegraph Agency (KCNA). "Se ninguém nos provocar, nunca atacaremos primeiro", declarou.
"No caso de a Coreia do Sul optar por um confronto
militar conosco, nossa força de combate nuclear inevitavelmente terá que
cumprir seu dever", declarou Kim Yo-jong, detalhando que "a missão
principal da força nuclear é, antes de tudo, impedir essa guerra, mas em caso
de guerra sua missão será eliminar as forças armadas do inimigo de uma só
vez. "Se a situação chegar a tal
estágio, um terrível ataque será lançado e os militares sul-coreanos terão que
enfrentar um destino miserável, nada menos que destruição total e ruína",
acrescentou.
Segundo o regime stalinista da Coréia do Norte(Estado
Operário burocrático), se os dois países entrarem em conflito, "toda a
nação coreana sofrerá um desastre como o de meio século atrás, que poderá ser
mais terrível, independentemente de qual lado ganhe ou perca". O dirigente
stalinista também enfatizou que Pyongyang é "definitivamente contra tal
guerra", acrescentando que "seu principal inimigo é a própria
guerra".
As declarações vieram em resposta a um alerta do ministro da
Defesa sul-coreano, Suh Wook, que na sexta-feira passada descreveu a Coreia do
Norte como um país "inimigo" e disse que os militares sul-coreanos
têm uma variedade de mísseis com alcance de precisão e poder significativamente
melhorado com o qual poderia "atingir com precisão e rapidez qualquer
alvo" na nação vizinha
No domingo passado, a irmã de Kim Yo-jong já alertou Seul
sobre as graves consequências para as relações bilaterais e lembrou que
Pyongyang é um "Estado com armas nucleares". Os Marxistas Leninistas
que mantém profundas divergências programáticas com Pyongyang, apoiam
incondicionalmente o direito da Coréia utilizar seu arsenal bélico nuclear
contra as provocações do imperialismo ianque que usam o governo títere de Seul
para atacar e destruir as conquistas históricas da revolução coreana.