PSOL, “PUXADINHO DO PT” E FEDERADO COM O DIREITISTA REDE... APROVA
APOIO A DOBRADINHA BURGUESA LULA-ALCKIMN
Em conferência eleitoral realizada neste sábado (30), o Diretório Nacional do PSOL aprovou o apoio candidatura burguesa de Lula (PT) para a Presidência da República. “A união da esquerda em torno da candidatura de Lula é sem dúvida a melhor tática para derrotar Bolsonaro. Estamos felizes e esperançosos com essa decisão”, afirma Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL. Além de fechar o apoio a dobradinha burguesa de Lula/Alckmin o PSOL se vendeu para o banco Itaú com a federação com o direitista Rede de Randolfe Rodrigues. Essas duas posições, apoiadas pela maioria do partido, com o voto da Resistência (apoio a Lula-Alckmin) e a federação com a Rede (com o apoio do MES) revela que o conjunto da legenda está completamente integrado a democracia dos ricos e ao regime burguês.
“O próximo
passo agora será abrir diálogo com a Rede Sustentabilidade para que a nossa
federação, fechada neste mês, possa formalmente compor a coligação com o PT”,
explica Medeiros.
Em fevereiro, a Executiva Nacional do PSOL aprovou a
abertura de negociações com o PT e demais partidos de esquerda para firmar uma
aliança eleitoral nas eleições de 2022 em torno da candidatura do ex-presidente
Lula.
A federação com a Rede funcionará como partido único e com o mesmo programa - que diga-se de passagem é burguês e liberal - por 4 anos com um partido que é burguês, de direita, votou pela reforma da previdência, a favor do golpe institucional de 2016, é contra o direito ao aborto e tem como sua principal representante Marina Silva, apoiadora de ninguém menos que o direitista Emmanuel Macron na França.
O grupo de Ivan Valente com o apoio do MES vê na aliança com a Rede a possibildade de ampliar o partido para um leque ainda mais a direita, trazendo aliados como Randolfe e Heloísa Helena de volta no âmbito da Federaçãoe servindo como ponte para os setores que apoiam Ciro Gomes (PDT).
Por sua vez, com o apoio da Resistência de Valério Arcary, o
PSOL irá apoiar a candidatura burguesa de Lula mesmo com Alckmin sendo o vice
na chapa presidencial da Frente Ampla em outubro de 2022. Demagogicamente
Boulos diz que é necessário um “programa de governo de esquerda” quando a
direção nacional do PT já anunciou seu programa capitalista de colaboração de
classes, o mesmo da gestão anterior de Lula, apoiado pela burguesia e seus
partidos da ordem via um pacto social para atacar conquistas e impor a
paralisia das lutas operárias.
O PSOL está de olho na eleição de uma gorda bancada parlamentar no lastro da eleição do petista.
Ainda havia setores da mal-chamada "esquerda do PSOL" (LSR, CST, LS....) que defendenddiam a candidatura de Glauber Braga. Essa iniciativa derrotada serviu para agrupar os setores que se dizem contra as alianças com a burguesia mas ao final votam "criticamente" em Lula e sua Frente Ampla no segundo turno, como PSTU, PCB, UP e outros grupos políticos menores, uma manobra distracionista que os revolucinários devem desmarcar porque está a serviço de melhor camuflar a estratégia reformista tanto do PT como no próprio PSOL.
De fato, com a atual política de integrar o chamado "centro civilizatório" não há qualquer motivo para o PSOL não apoiar Lula e uma ampla aliança burguesa para a disputa de 2022. Bolsonaro é usado por um grande arco político (que inclui a Famiglia Marinho e o Itáu) como o "espantalho" de extrema-direita para forjar essa frente de colaboração entre as classes sociais.