quarta-feira, 6 de abril de 2022

GOVERNO DA CENTRO-ESQUERDA BURGUESA DE ALBERTO FERNANDÉZ SERVIL AO IMPERIALISMO: ARGENTINA VOTARÁ A FAVOR DA REMOÇÃO DA RÚSSIA DO CONSELHO DE DIREITOS HUMANOS DA ONU

O governo da centro-esquerda burguesa de Alberto Fernandez votará a favor da resolução que suspende a Rússia no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. A ordem foi dada pelo chanceler Santiago Cafiero depois de conversar com o presidente Alberto Fernandez nas últimas horas. A Assembleia Geral da ONU votará na quinta-feira um pedido de países imperialistas e da OTAN para suspender a Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em resposta à ação militar defensiva russa na Ucrânia contra os bandos neonazistas.

"A Argentina é a líder nesta questão", disse uma fonte oficial de alto escalão após a dura demanda que veio do imperialismo ianque e da OTAN no fim de semana, com John Biden no comando, pedindo que a Rússia seja suspensa deste órgão que coincidentemente preside este país em Genebra. E agora tem uma dupla responsabilidade porque deve arbitrar -é presidido pelo embaixador Federico Villegas Beltrán- e depois votar como Estado.

A votação da Assembleia, de Nova York, tentará suspender a Rússia do Conselho de Direitos Humanos, com sede em Genebra. Eles precisam de uma maioria de dois terços dos países que votarão a favor e contra na sessão. Todos os 193 estados membros da Assembleia Geral participarão. Lá, as abstenções não contam.

As conversas na Argentina também aceleraram neste fim de semana e incluíram a participação do embaixador nos Estados Unidos, Jorge Arguello com Fernández, Cafiero e o ministro da Economia Martín Guzmán, que discutiu os detalhes do acordo com o Fundo Monetário e a participação de Alberto F na Cúpula das Américas em Los Angeles, de 8 a 9 de junho.

O governo estava endurecendo sua posição em sua aliança com Vladimir Putin. Para começar, ele finalmente condenou a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, bilateralmente e em fóruns internacionais. Mesmo assim, ele é contra as sanções propostas por Joe Biden e pela União Europeia. É neste contexto que ocorreu o anúncio da Rússia de que serão retomados os voos comerciais entre Buenos Aires e Moscou, bem como outros destinos.