LULA JANTA COM SENADORES DO MDB, PSD, PDT E REDE: “CARDÁRIO” FOI APOIO DAS CARCOMIDAS E
CORRUPTAS RAPOSAS OLIGÁRQUICAS
Lula em sua “peregrinação burguesa” vem fazendo uma série de encontros políticos com representantes dos capitalistas para a criação de uma frente ampla burguesa para 2022, buscando fechar apoios nos estados. Ontem o petista jantou com as carcomidas e corruptas raposas oligárquicas, cujo anfitrião foi o mafioso Eunício Oliveria. Estavam presentes senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), Marcelo Castro (MDB-PI), Rose de Freitas (MDB-ES), Omar Aziz (PSD-AM), Acir Gurgacz (PDT-RO) e Dário Berger (PSB-SC). Também compareceram os ex-governadores Renan Filho (MDB-AL) e o ex-senador Garibaldi Alves Filho (MDB-RN), além do ex-ministro do Meio Ambiente Sarney Filho. Os líderes do MDB criticaram a intenção do partido de lançar Simone Tebet como candidata da legenda. Lula propõe que os capitalistas deixem de apoiar o governo neoliberal de Bolsonaro e apresenta seu nome para ser novamente o gerente do comitê de negócios da burguesia em 2022 ancorado em uma frente ampla que vai do PCO, PSOL, passando pelo PT, PCdoB, PSB, Rede até o MDB, PSD e Cidadania...
O presidente regional do MDB no Ceará, Eunício Oliveira afirmou
que "há uma tendência natural" de o MDB não ir "mais uma vez
para um suicídio político": "Nós fomos de [Henrique] Meirelles [em
2018] quando nós sabíamos que ele não tinha a menor condição eleitoral. Não
tinha condição de capacidade, como a Simone tem toda condição de capacidade.
Eu, como incentivador das mulheres na política, gostaria muito que ela tivesse
viabilidade política-eleitoral", disse Eunício Oliveira. O ex-senador
disse ainda que 14 diretórios do MDB querem apoiar Lula nas eleições e que o
ex-presidente afirmou no evento que não quer ser o candidato do PT, mas sim de
uma "frente ampla".
Senador pelo estado de Alagoas e presidente do MDB no
estado, Renan Calheiros disse que, se o MDB tiver "uma candidata
competitiva", com condição de "alavancar" palanques nos estados,
"será muito bom". Para ele, seria "insano" repetir uma candidatura
como a de Henrique Meirelles em 2018. "É tudo o que o MDB quer [uma
candidatura competitiva]. O que o partido não pode repetir — e seria insano — é
a candidatura do Meirelles porque, com a candidatura do Meirelles, o MDB pagou
um preço terrível: teve a redução da bancada na Câmara para a metade. Não dá
para pagar novamente esse preço", declarou.
O parlamentar afirmou que Simone Tebet é "uma grande
parlamentar", mas que, se não houver uma mudança nos resultados das
pesquisas eleitorais, acredita que ela própria "vai tomar a iniciativa de
levar o partido a não ter candidato na eleição presidencial". Sobre uma
candidatura da chamada terceira via, Renan disse que "somar quem tem 1%
com quem tem 2% não vai alterar a fotografia das pesquisas eleitorais". "É
somar nada com pouca coisa. Em função da alta proporção alcançada nas pesquisas
pelo presidente Lula e pelo presidente Bolsonaro, você não tem matematicamente
como ter um crescimento de ninguém da terceira via, porque não há espaço a
ocupar", avaliou Renan.
O senador Omar Aziz (PSD-AM) disse que não poderia falar em
nome do PSD, mas que ele defenderia a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva. “Eu sempre defendi essa aliança [com o presidente Lula], mas o
partido tem sua posição, o presidente [Gilberto] Kassab respeita minha posição
e eu respeito a posição dele”, disse Aziz.
O senador Randolfe Rodrigues(Rede-AP) afirmou que o partido
Rede tem maioria formada para apoiar o ex-presidente Lula. “A Rede tem maioria
formada para estar apoiando o presidente Lula", disse o parlamentar.
No entanto, a presidente da sigla, a ex-ministra do Meio
Ambiente Marina Silva (Rede) tem sinalizado que pretende apoiar o candidato
Ciro Gomes (PDT). Randolfe disse que tem conversado com a ex-ministra para que
estejam "todos juntos".
"Eu tenho conversado com a ex-ministra Marina e quero avançar para estarmos todos juntos, inclusive a ex-ministra Marina", disse o parlamentar. Na mansão do ex-presidente do Senado Eunício Oliveira, localizada em um bairro de alta classe de Brasília, foi servido um jantar com comida cearense. Entre as opções do cardápio, havia peixe e carne de carneiro.