SERGEI LAVROV DENUNCIA: FANTOCHE ZELENSKY É CONTROLADO PELA
CASA BRANCA POR ISSO CONTINUA PROVOCAÇÕES CONTRA RÚSSIA
Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores russo, garantiu que a Rússia seguirá promovendo sua versão do projeto de acordo com a Ucrânia, apesar de provocações: "Apesar de todas as provocações, a delegação russa continuará o processo de negociação promovendo nosso projeto de acordo, que tem todas as nossas posições e exigências fundamentais iniciais de forma clara e completa". O chanceler russo disse que o projeto de acordo apresentado na quarta-feira (6) pela Ucrânia difere do que foi proposto em Istambul.
"Ontem [6] o lado ucraniano apresentou ao grupo de
negociações seu projeto de acordo, que mostra claramente um afastamento das
disposições mais importantes da reunião de Istambul em 29 de março",
apontou ele. Além disso, nessa reunião a Ucrânia se comprometeu que as
garantias de segurança não abrangeriam a Crimeia, mas agora esse ponto está
ausente, referiu o chanceler da Rússia.
"Lembro que naquele documento de Istambul os ucranianos
explicaram claramente que as futuras garantias de segurança da Ucrânia não se
aplicam à Crimeia e a Sevastopol. Já no projeto de ontem essa constatação clara
está ausente", contou Sergei Lavrov.
O ministro acrescentou que em vez dela surge "uma
formulação vaga sobre algum tipo de controle efetivo como existia em 23 de
fevereiro".
Além disso, sublinhou ele, está presente a ideia de trazer
os problemas da Crimeia e de Donbass para uma reunião entre Vladimir Putin e
Vladimir Zelensky, presidentes da Rússia e da Ucrânia, respetivamente.
Lavrov mencionou ainda que a Ucrânia alterou a disposição
sobre a realização de exercícios militares, retirando a necessidade de consultar
a Rússia. Assim, no documento de Istambul, no contexto de uma Ucrânia neutral e
sem arsenal nuclear, a participação do país de manobras militares com
participação de contingentes estrangeiros só pode ocorrer com a unanimidade de
todos os países garantes da segurança ucraniana, incluindo a Rússia.
Tudo isso aponta para uma estratégia de Kiev de mais e mais exigências, conclui o alto responsável russo. "Provavelmente na próxima etapa o lado ucraniano pedirá retirar as forças [russas] e amontoará mais e mais condições prévias. Esta trama montada pela Casa Branca é compreensível, mas é inaceitável", resumiu o ministro das Relações Exteriores da Rússia.