terça-feira, 19 de abril de 2022

PSOL FECHA APOIO A DOBRADINHA BURGUESA LULA/ALCKMIN E APROVA FEDERAÇÃO COM A REDE... ALÉM DE “PUXADINHO DO PT” AGORA TAMBÉM SE VENDEU PARA O BANCO ITÁU

A aprovação da federação partidária do PSOL com a Rede foi aprovada nesta segunda-feira no Diretório Nacional do PSOL. Foram 38 votos a favor e 23 contra. A Executiva Nacional do partido já havia indicado a aprovação da federação em reunião no último dia 30 de março, mas concedeu ao Diretório Nacional do partido a decisão soberana sobre a federação. Em resumo, além de fechar o apoio a dobradinha burguesa de Lula e Alckmin agora também o PSOL se vendeu para o banco Itaú. Essas duas posições, apoiadas pela maioria do partido, com o voto da Resistência (apoio a Lula-Alckmin) e a federação com a Rede (com o apoio do MES) revela que o conjunto da legenda está completamente integrado a democracia dos ricos e ao regime burguês.

A federação com a Rede funcionará como partido único e com o mesmo programa - que diga-se de passagem é burguês e liberal - por 4 anos com um partido que é burguês, de direita, votou pela reforma da previdência, a favor do golpe institucional de 2016, é contra o direito ao aborto e tem como sua principal representante Marina Silva, apoiadora de ninguém menos que o direitista Emmanuel Macron na França. 

O grupo de Ivan Valente com o apoio do MES vê na aliança com a Rede a possibildade de ampliar o partido para um leque ainda mais a direita, trazendo aliados como Randolfe e Heloísa Helena de volta no âmbito da Federaçãoe servindo como ponte para os setores que apoiam Ciro Gomes (PDT).

Por sua vez, com o apoio da Resistência de Valério Arcary, o PSOL irá apoiar a candidatura burguesa de Lula mesmo com Alckmin sendo o vice na chapa presidencial da Frente Ampla em outubro de 2022. Demagogicamente Boulos diz que é necessário um “programa de governo de esquerda” quando a direção nacional do PT já anunciou seu programa capitalista de colaboração de classes, o mesmo da gestão anterior de Lula, apoiado pela burguesia e seus partidos da ordem via um pacto social para atacar conquistas e impor a paralisia das lutas operárias. 

O PSOL está de olho na eleição de uma gorda bancada parlamentar no lastro da eleição do petista.

Há ainda setores da mal-chamada "esquerda do PSOL" (LSR, CST, LS....) que defendem a candidatura de Glauber Braga. Essa iniciativa serve para agrupar os setores que se dizem contra as alianças com a burguesia mas ao final votam "criticamente" em Lula e sua Frente Ampla no segundo turno, como PSTU, PCB, UP e outros grupos políticos menores, uma manobra distracionista que os revolucinários devem desmarcar porque está a serviço de melhor camuflar a estratégia reformista tanto do PT como no próprio PSOL.

De fato, com a atual política de integrar o chamado "centro civilizatório" não há qualquer motivo para o PSOL não apoiar Lula e uma ampla aliança burguesa para a disputa de 2022. Bolsonaro é usado por um grande arco político (que inclui a Famiglia Marinho e o Itáu) como o "espantalho" de extrema-direita para forjar essa frente de colaboração entre as classes sociais.