CARNICEIRO DEMOCRATA BIDEN NOMEIA MULHER NEGRA PARA SUPREMA CORTE: DEMAGOGIA “IDENTITÁRIA” À SERVIÇO DA DOMINAÇÃO BURGUESA CONTRA OS EXPLORADOS
Ocorreu ontem (07.04) a confirmação no Senado da juíza Ketanji Brown Jackson para a Suprema Corte dos EUA. Jackson será a primeira mulher afro-americana a sentar-se na Suprema Corte dos EUA em seus 232 anos de história. Aos 51 anos e nomeada pelo presidente Joe Biden, Jackson passou oito anos no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito de Columbia antes de subir para o Tribunal de Apelações do mesmo distrito no ano passado. A nomeação da mulher Democrata negra representa uma tentativa desesperada das classes dominantes de cooptarem as direções do proletariado e das massas pela da institucionalidade burguesa. O imperialismo agiu preventivamente para descomprimir a tendência latente de ação direta dos explorados, frente à conjuntura que sinaliza claramente um período de agudos enfrentamentos de classe no coração do monstro imperialista.
Não
resta dúvida que a tática do imperialismo, do Partido Democrata e do Deep State
(Estado profundo) é sufocar a luta antirracista no país nos limites do
“identitarismo” e do policlassismo, bloqueando a combate pela revolução
socialista.
Sua nomeação é o
cumprimento de uma promessa de Biden, feita durante sua campanha eleitoral, a
nomear a primeira mulher negra como juíza para a Suprema Corte. "É um
momento realmente maravilhoso para o nosso país, porque há uma mulher negra na
Suprema Corte de Justiça escolhida não tanto pela cor de sua pele, mas pelo seu
intelecto e visão de mundo a partir de sua lente judicial", ressaltou.
Através da gestão Democrata branco, o imperialismo trata de cobrar a conta de sua espetacular crise econômica aos trabalhadores e oprimidos do mundo e que todas as vazias promessas de campanha por "mudanças" iram ser recheadas com uma política que incorporaria as medidas essenciais da ofensiva imperialista como a ofensiva da OTAN contra a Rússia.
O "grande diferencial" é que para dissimular
as novas investidas antioperárias em meio a uma situação que tende a ser mais
desfavorável ao seu domínio, a grande burguesia arranjou um carniceiro
Democrata e uma juíza negra para a Suprema Corte.
As tentativas do Partido Democrata galvanizar o movimento
negro e de mulheres, apresentando indicações de políticos burgueses negros como sendo a
legítima representação da etnia oprimida nos EUA são sempre recorrentes. O
lançamento de Kamala Harris na chapa Democrata de Joe Biden foi parte desta
operação fraudulenta, e não é propriamente uma novidade. Vale relembrar o
governo reacionário é desastroso de Barack Obama.
A tarefa colocada é da recomposição programática da
vanguarda da rebelião que cruzou os EUA, no sentido da construção de uma
alternativa classista e revolucionária para o proletariado norte-americano.
Hoje, como ontem, os trabalhadores negros continuam lutando ao lado de seus irmãos de classe pela verdadeira abolição da escravidão, que só pode vir pela liquidação do modo de produção capitalista e não pela via de sórdidas campanhas hipócritas patrocinadas pela classe dominante e suas abjetas celebridades. Para o capital é necessário que o racismo continue existindo para justificar a desvalorização extremamente lucrativa para o capitalista da força de trabalho negra.
Os Marxistas Revolucionários compreendem que a questão racial não pode ser nem sequer seriamente colocada diante do agravamento sem precedentes da barbárie imperialista racista sem uma luta implacável dos trabalhadores, com seus próprios meios e organismos, contra a influência política e ideológica da burguesia democratizante e sua demagogia “cidadã” sobre as massas.