quinta-feira, 7 de abril de 2022

OMS, UM “BRAÇO” DO IMPERIALISMO NA PANDEMIA E NA GUERRA: “ESTAMOS DETERMINADOS A APOIAR A UCRÂNIA”


O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) na Europa disse nesta quinta-feira (7) em Lviv que a entidade está se preparando para possíveis “ataques químicos” na Ucrânia, fortalecendo assim a farsa montada pela OTAN contra a Rússia. “Dadas as incertezas da situação atual, não há garantias de que a guerra não vai piorar”, disse Hans Kluge, diretor regional da OMS para a Europa, em um cínico comunicado. Ao final de seu pronunciamento ele declarou 
Apesar da guerra, estamos determinados a apoiar a Ucrânia e a não perder esse ímpeto.

Ele elogiou o governo fantoche da OTAN de Zelensky "Desde 2015, e até 24 de fevereiro deste ano, o Governo da Ucrânia estava em processo de reforma de todo o sistema de saúde, caminhando para a cobertura universal de saúde. O país vinha fazendo um excelente progresso em desafios específicos – virando a esquina em sua luta contra a tuberculose [tuberculose] e o HIV. Foi um farol das melhores práticas na Europa Oriental, com a incidência de TB caindo quase pela metade nos últimos 15 anos, graças ao investimento em tecnologias modernas de diagnóstico para identificar rapidamente a infecção por TB e regimes de tratamento eficazes para MDR-TB [multidrug-resistant tuberculosis ].

O chefe da OMS também declarou sua solidariedade total com a Ucrânia "Nestes dias sombrios, deixe-me assegurar-lhe que a OMS está empenhada em estar na Ucrânia a curto e longo prazo – abordando os desafios de saúde imediatos e as futuras necessidades de reconstrução. Gostaria mais uma vez de expressar minha profunda admiração por todos os trabalhadores da linha de frente na Ucrânia, protegendo a saúde das pessoas."

Cinicamente os governos imperialistas e a OMS manifestaram temores de que a Rússia possa usar armas químicas e biológicas na Ucrânia, com riscos de efeitos colaterais para além do país, mas não foram oferecidas provas. O Ministério da Defesa da Rússia, por sua vez, acusou Kiev de planejar um ataque químico contra seu próprio povo de modo a acusar Moscou de usar armas químicas na invasão. 

Perguntado diretamente sobre um possível ataque químico russo contra a Ucrânia, Kluge disse: “A resposta curta é que a OMS está se preparando para qualquer eventualidade dentro de nosso mandato”. 

Vale registrar historicamente que a URSS se retirou da organização em 1949, criticando a proeminência dos EUA na Organização e nas agências da ONU de maneira geral. Os Estados operários deformados da Bulgária, Romênia, Albânia, Polônia, Tchecoslováquia e Hungria logo seguiram o exemplo, irritados com a OMS, em resposta à retenção de recursos médicos dos EUA na Europa Oriental (os EUA se recusaram a exportar equipamentos cruciais para a fabricação de penicilina para a Iugoslávia, Polônia e Tchecoslováquia). 

Em 1954, em um discurso em comemoração à OMS, uma política capitalista dos EUA resumiu o apoio do imperialismo norte-americano a essa organização quando declarou: “Em nossa luta global contra o comunismo, um de nossos principais esforços é manter o mundo livre forte. As doenças geram pobreza e a pobreza gera mais doenças. O comunismo internacional prospera em ambos”. 

Somente após a morte de Stalin e a ascensão de Khruschev com o aprofundamento de sua política de coexistência pacífica com o imperialismo ocorreu o retorno da URSS e de seus aliados a OMS em 1956. 

Lembremos também que depois do terremoto no Haiti em 2010, a OMS e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos apoiaram a tentativa da ONU de encobrir que as tropas de “manutenção da paz” da ONU foram a fonte da epidemia maciça de cólera no Haiti. Um relatório da OMS de 2013 também encobriu o impacto das munições de urânio empobrecidas dos imperialistas dos EUA em defeitos congênitos no Iraque.

Kluge também disse que a OMS estava coordenando com a União Europeia a triagem dos pacientes que chegavam da Ucrânia, além de providenciar tratamento dentro da Europa.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) sabia da existência dos laboratórios militares biológicos do Pentágono que desenvolvia pesquisas secretas sobre patógenos de alto risco, inclusive a mutação artificial do Coronavírus. As instalações conhecidas por Tedros e a cúpula corrupta da OMS, lacaios da Big Pharma, pesquisam os efeitos desses patógenos via doenças perigosas que afetam tanto animais quanto humanos. É o caso da COVID-19, por exemplo. Esses laboratórios na Ucrânia recebem apoio dos Estados Unidos, da União Europeia (UE) e da OMS.

"Como parte desse trabalho, a OMS recomendou fortemente ao Ministério da Saúde da Ucrânia e outros órgãos responsáveis a destruição de patógenos de alto risco para prevenir potenciais vazamentos", disse a OMS à Reuters sem especificar a data dessa recomendação e os tipos de patógenos armazenados na Ucrânia.

A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou que os EUA operam laboratórios de guerra biológica na Ucrânia. A acusação é negada tanto por Kiev quanto por Washington. "Nos últimos dias foram confirmados os nossos receios de longa data, que temos repetidamente expressado por mais de um ano, sobre o desenvolvimento dos referidos materiais biológicos para uso militar pelos EUA no território da Ucrânia sob os auspícios dos respectivos serviços especiais dos EUA", disse Zakharova.

Em sua declaração, a representante oficial da chancelaria russa também afirmou que documentos obtidos pela Rússia na Ucrânia mostram uma "tentativa emergencial de apagar evidências de programas biológicos militares" através da destruição de amostras.