sexta-feira, 2 de julho de 2021

VOTO IMPRESSO É UTILIZADO NA VENEZUELA: NO BRASIL, ESQUERDA CRÉDULA NA DEMOCRACIA BURGUESA, REPUDIA A RECONTAGEM FÍSICA DAS ELEIÇÕES... SERIA MADURO UM BOLSONARISTA?

Na Venezuela, o voto é eletrônico. Conforme o Regulamento Geral da Lei Orgânica de Processos Eleitorais, de 2012, o eleitor dirige-se à urna, pressiona os botões referentes ao candidato, e clica, em seguida, no botão ‘Votar”. “O voto ficará depositado eletronicamente nas unidades de armazenamento do sistema automatizado de votação”, diz a legislação. Além disso, logo em seguida, um comprovante do voto é impresso. “Pressionado o botão ‘VOTAR’ na tela, a máquina de votação imprimirá um comprovante de voto, no qual deverá ser obrigatoriamente depositado pelo eleitor ou eleitora na urna, para realizar a Verificação Cidadã”. Esse método que permite a recontagem física do voto é rechaçado pela esquerda brasileira domesticada que acusa os que defendem esse recurso que preza pela segurança de "Bolsonarista". Seria o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, um seguidor do neofascista Bolsonaro?

No plebiscito mais recente na Venezuela foram utilizadas urnas eletrônicas, porém o modelo de urna escolhido, Smartmatic AES3000, possui características que as tornam muito mais confiáveis para o eleitor do que as urnas-e brasileiras. O Consejo Nacional Electoral, CNE, da Venezuela comprou 20 mil urnas-e da empresa americana Smartmatic, modelo AES3000, e mais 5 mil máquinas de leitura de impressão digital fabricadas na China. A Smarmatic ganhou a concorrência pública, entre outras, da Diebold (empresa banida da Califórnia e fornecedora das urnas-e brasileiras). 

Estas urnas-e, modelo AES3000, foram desenvolvidas para se adaptarem as novas exigências de segurança de vários Estados dos EUA, entre eles a Califórnia e Nevada, de forma que cria a "Cédula Conferida pelo Eleitor" (Voter Verifiable Ballot) gravando o voto dado pelo eleitor em duas formas paralelas:

O voto virtual, gravado fora de ordem após a confirmação do eleitor em meio digitalizado e remetido, ao final do dia, para a apuração eletrônica já o voto real impresso, apresentado para conferência do eleitor, que deve deposítá-lo em uma urna comum e que poderá ser utilizado para auditoria da apuração eletrônica.

Quanto a forma de identificação do eleitor no momento da votação, no caso da Venezuela, está foi feita pelas máquinas de reconhecimento de impressões digitais, mas há um grande diferencial em relação ao processo brasileiro: os equipamentos de identificação do eleitor NÃO estavam conectados às máquinas de votar. Desta forma, ao contrário do sistema brasileiro, era tecnicamente impossível a violação do voto por adulteração do software das urnas-e.

O Blog da LBI avalia que para o eleitor o sistema eleitoral eletrônico com voto impresso mais confiável é o que foi implantado na Venezuela pois permite a auditoria estatística da apuração eletrônica e impossibilita a violação do voto enquanto do que o sistema brasileiro, implantando pelo TSE, não se cria condições que permitam a auditoria da apuração nem se impossibilita a violação do voto por adulteração do software. 

Comprova-se a maior confiabilidade do sistema eletrônico de coleta e apuração de votos venezuelano sobre o brasileiro pela análise do desenrolar dos fatos após a publicação dos resultados oficiais.

Na Venezuela, a oposição direitista derrotada recentemente declarou não confiar nos resultados eletrônicos e logo se instaurou um clima de conflito civil armado. A OEA e a Fundação Carter, como observadores internacionais do imperialismo ianque, sugeriram uma auditoria da apuração eletrônica pela recontagem dos votos impressos de 1,5% das urnas-e. 

Somente após a recontagem destes votos, que confirmaram o resultado oficial, a oposição burguesa aceitou o resultado.

No Brasil as urnas eletrônicas não produzem o voto materializado tornando impossível a auditoria da apuração eletrônica. Foram centenas os casos de candidatos derrotados contra as previsões das pesquisas que desejaram poder conferir os resultados, mas não tinham como questionar o circo eleitoral da democracia burguesa que a esquerda burguesa como PT e PSOL é tão crédula!