segunda-feira, 4 de abril de 2022

DERROTAR O PREFEITO PAES, O “QUERIDINHO” DA ESQUERDA REFORMISTA: TODO APOIO A GREVE DOS GARIS! 

Desde final de março, garis que trabalham para a Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb) estão em greve. Os trabalhadores lutam por um justo reajuste salarial e por outros direitos que estão sendo negados pelo prefeito reacionário Eduardo Paes (PSD), que foi apoiado por toda esquerda reformista como um “candidato antifascista”. Mesmo antes de iniciarem a paralisação, os trabalhadores já vinham fazendo se mobilizando, realizando  atos em frente a sedes de órgãos da prefeitura e protestando em importantes vias expressas, como o fechamento da avenida Brasil, no dia 23 de março.

Os garis exigem um reajuste de 25% nos salários e no ticket alimentação, a conclusão do Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS) e a implantação do Adicional de Insalubridade para os Agentes de Preparo de Alimentos (APAs). Os trabalhadores já estão há três anos sem reajuste, mesmo com a alta inflação.

"Não houve nenhum momento na história da Comlurb onde ela apresentou uma proposta boa. Todas foram conquistadas em luta, com os trabalhadores se manifestando, protestando e fazendo greve. A mais recente, quando tivemos um bom aumento, foi em 2014. Naquela época, a empresa também apresentou uma proposta muito ruim, de 3%", afirmou o gari André Balbina, que acabou sendo perseguido e demitido pela Comlurb após participar ativamente da histórica greve de 2014.

Com a greve dos garis, o lixo da cidade está se acumulando por toda as regiões do município, causando infestação de animais como ratos e baratas e trazendo o risco de doenças para a população. Mesmo assim, o prefeito ”queridinho da esquerda” Eduardo Paes se recusa a atender a demanda dos trabalhadores. Ao contrário, contratou empresas privadas para fazer o serviço, fato que causou a revolta dos garis pois o município tem dinheiro para contratar empresas terceirizadas mas não para pagar um salário digno aos servidores que fazem parte do quadro de serviços essenciais.

Nos dias 1 e 2 de abril, devido à forte chuva que atingiu a cidade do Rio de Janeiro, o Sindicato dos empregados de empresas de asseio e conservação do município do Rio de Janeiro (Siemaco-Rio) decidiu suspender a greve para ajudar a população, contudo frisam que a greve não está encerrada, e definiram que a paralisação seguirá a partir desta segunda, dia 4 de abril, se o reacionário prefeito Eduardo Paes continuar se negando a atender as demandas dos trabalhadores da limpeza urbana.

Porém essa suspensão temporária da greve causou indignação nos trabalhadores da Comlurb, que já haviam votado pela manutenção da greve em uma assembleia realizada no dia 31/03. Os garis da cidade do Rio de Janeiro realizaram uma greve histórica em 2014, na qual conseguiram derrotar o prefeito Eduardo Paes – o mesmo que agora se apresenta como irredutível na negociação. Os trabalhadores garantiram suas demandas depois de muita luta e repressão. Os servidores também venceram a direção do sindicato pelego que buscava um acordo com a prefeitura para barrar a greve e os oportunistas que apregoavam que não era uma boa ideia uma greve no ano da farra Fifa (Copa de 2014) e durante o carnaval.

Agora a tarefa de todo o movimento de massas é deslocar todas as forças classistas para a vitória da greve dos garis, derrotando o prefeito Paes, um político burguês da direita neoliberal, que hoje flerta o apoio ao pelego Lula, justamente pela defesa da política de colaboração de classes que o PT impulsiona.