BARGANHA POLÍTICA COM O PROCESSO DE LULA NO STF CONTINUA: AGORA O MINISTRO BOLSONARISTA, KASSIO NUNES, SERÁ O “FIEL DA BALANÇA” DA 2 TURMA. PORÉM A “NOVELA JURÍDICA” SE ARRASTARÁ ATÉ AS VÉSPERAS DAS ELEIÇÕES...
Com o placar de 2×2, faltando apenas mais um voto, a Segunda
Turma do STF suspendeu nesta terça (09/03) mais uma vez o julgamento sobre a
parcialidade do justiceiro Sergio Moro no fraudulento processo em que Lula foi
condenado por supostamente receber um tríplex em Guarujá. Os ministros Gilmar
Mendes e Ricardo Lewandowski votaram pela suspeição de Moro, já os ministros
Edson Fachin e Cármen Lúcia se posicionaram a favor de Moro no final de 2018,
quando a análise do caso foi iniciada e suspensa por pedido de vista do próprio
Gilmar Mendes. Hoje o julgamento foi novamente interrompido por pedido de vista
do ministro Kassio Nunes Marques, indicado recentemente pelo neofascista Jair
Bolsonaro. O ministro Edson Fachin, que no dia anterior enviou os processos de Lula
para a Justiça Federal de Brasília, considerou que o julgamento da suspeição
estava prejudicado e pediu o seu adiamento, entretanto os membros da Segunda
Turma, por 4 votos a 1, decidiram prosseguir com o julgamento, mas na mesma
medida que o suspenderam novamente, sem data para sua conclusão. Em resumo, os
capítulos da “novela Lula” no STF, seguem sem prazo para o seu “Gran Finale”,
em função da simples razão de que este processo promovido em sua gênese pela
Lava Jato é eminentemente político, foi operado pelo Departamento de Estado dos
EUA, com quase apoio unânime da burguesia nacional. Agora que a nova gerência
da Casa Branca está empenhada em se livrar de Bolsonaro, que pelo seu caráter
de extrema direita mostra uma certa resistência em aceitar integralmente as
determinações do “Centro Civilizatório” da Nova Ordem Mundial do capitalismo, o
imperialismo utiliza novamente a justiça brasileira, STF e Tribunais
inferiores, para “cercar e sangrar” o neofascista. Novamente o PT, Lula e seus
apêndices da Frente Popular de colaboração de classes, se revejam como meros
“peões” no tabuleiro do xadrez político do capital financeiro internacional.