COREIA DO NORTE REALIZA PRIMEIRO TESTE DE MÍSSEIS DESDE A POSSE DO CARNICEIRO “DEMOCRATA” BIDEN: APOIAMOS O PLENO DIREITO DE AUTODEFESA DO ESTADO OPERÁRIO FRENTE AS PROVOCAÇÕES DO IMPERIALISMO IANQUE!
A Coreia do Norte realizou testes com dois mísseis de curto alcance, poucos dias após visita de altos funcionários da administração Biden à Coreia do Sul e ao Japão. “Detectamos dois projéteis que presumimos ser dois mísseis de cruzeiros”, informou o Estado-Maior sul-coreano. Os testes são os primeiros efetuados por Pyongyang desde a posse do carniceiro “Democrata” Joe Biden. Os lançamentos representam um desafio direto do dirigente norte-coreano Kim Jong-un ao presidente ianque. Durante semanas, oficiais de defesa dos EUA advertiram que a inteligência indicava que a Coreia do Norte poderia realizar testes de mísseis. O lançamento foi uma resposta aos exercícios militares do imperialismo na região, caracterizado como uma séria ameaça para a soberania do Estado Operário.
O Estado Operário norte-coreano prestou publicamente suas queixas sobre os exercícios militares dos EUA na semana passada, quando a irmã de Kim advertiu que se o governo Biden “quer dormir em paz pelos próximos quatro anos, é melhor não espalhar ‘cheiro de pólvora’”.
Ainda nesta terça-feira (23) foi reportado que a Coreia do Sul e os EUA observam de perto a movimentação defensista da Coreia do Norte em meio a sinais de lançadores de foguetes sendo implantados na ilhota de Changrin, localizada na fronteira entre as duas Coreias.
Tropas sul-coreanas e norte-americanas iniciaram um exercício militar conjunto de primavera em 8 de março. Este ano, segundo informações nada confiáveis do Pentágono, as operações estão limitadas a simulações de computador, devido à pandemia do coronavírus. Porém as forças armadas da Coréia do Norte estão em alerta máximo, diante das provocações ianques e ontem realizaram o lançamento de mísseis.
O desenvolvimento dos programas de energia nuclear e comunicação na Coreia do Norte é uma necessidade de obtenção de uma alternativa de fonte energética e de monitoramento climático-militar diante do brutal bloqueio a que o país está submetido, tecnologia fundamental para possibilitar que Estado possa desenvolver projetos nesse setor com condições de enfrentar os períodos de adversidade climática, marcado também por secas e inundações.
Nesse
sentido, esta estrutura de energia atômica legitimamente desenvolvida também
pode e deve ser utilizada pelo Estado operário norte-coreano para se defender
das ameaças do imperialismo norte-americano através de seu enclave, a Coreia do
Sul e o Japão, onde os EUA mantêm bases militares desde o final da Segunda
Guerra Mundial.
Os recentes testes de mísseis em meio as provocações organizadas por Biden na península coreana é um ato de autodefesa do Estado operário norte-coreano diante das provocações do imperialismo. A imprensa pró-imperialista em todo planeta faz alarde acerca dos testes nucleares promovidos pela Coreia do Norte, afirmando serem uma “ameaça à humanidade”. Oculta, criminosamente, que só na Coreia do Sul, um enclave criado e militarizado pelos EUA, há um contingente militar acima de 40 mil soldados, mais de mil ogivas nucleares apontadas para o Norte.
Como explicar que a Coreia
do Norte não pode lançar um satélite ou inclusive testar um míssil ou uma bomba
H, se quem a condena, os EUA, têm 439 satélites em órbita, sendo 98 deles para
uso especificamente militar? Diante dessa realidade de conflito permanente não
negamos a possibilidade da Coreia Popular, devido ao isolamento econômico
imposto pela China restaurada e das provocações do império ianque, ser forçada
a utilizar suas ogivas atômicas ou termo-nucleares contra o território
“enclave” da Coreia do Sul ou mesmo o Japão.
Com o fim da URSS e a perda dos parceiros comerciais do
Leste europeu, a Coreia do Norte viu sua economia contrair-se em 30% nos cinco
anos que se seguiram a 1991. Restou a China, hoje convertida ao capitalismo. A
intensa reação ideológica mundial patrocinada pela mídia imperialista e o
cerrado bloqueio econômico tendem, cada vez com maior intensidade, a
estrangular o Estado operário.
Como Marxistas Revolucionários, não podemos assumir diante de um conflito que pode ter proporções nucleares a “posição de avestruz” da maioria das correntes revisionistas, por isto declaramos em “alto e bom som” nosso apoio ao Estado Operário norte-coreano, apesar da burocracia dinástica que o governa. Devemos mobilizar amplos setores do proletariado e da juventude para repudiar as provocações militares do império ianque contra a Coreia do Norte e apontar o governo Biden como responsável pela escala militar.
Por outro lado, não devemos nutrir a menor confiança política na capacidade de resistência da burocracia stalinista coreana, pronta para capitular a qualquer momento em troca de sua própria sobrevivência enquanto uma casta social privilegiada.
A tarefa que se impõe no momento é o chamado ao conjunto do
proletariado asiático que se unifique na bandeira da derrota do imperialismo
ianque e seus protetorados militares da região, em particular convocando a
classe operária do Sul para cerrar fileiras na luta pela reunificação
socialista do país.