quarta-feira, 3 de março de 2021

PIB DO BRASIL EM QUEDA LIVRE: ESQUERDA REFORMISTA “ELEGE” BOLSONARO COMO ÚNICO VETOR DO DESASTRE ECONÔMICO. PARA OS IDIOTAS DA SOCIAL DEMOCRACIA (PT, PCdoB, PSOL, PSTU) NÃO EXISTE “GRANDE RESET” E MUITO MENOS GOVERNANÇA MUNDIAL DO CAPITAL FINANCEIRO...

 

A economia capitalista brasileira, periférica, associada e dependente do imperialismo, deixou o ranking das 10 maiores economias do mundo e caiu para a 12ª colocação, de acordo com levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating, fato divulgado amplamente pela mídia nesta quarta-feira (03/03). O rebaixamento é motivado pelo brusco tombo do Produto Interno Bruto (PIB), de 4,1% – a maior queda na série histórica do IBGE, iniciada em 1996. Em 2019, antes mesmo da pandemia, o desempenho da economia nacional já havia deixado o Brasil na 9ª posição. De acordo com o ranking, o Brasil foi superado em 2020 por Canadá, Coreia do Sul e Rússia. Para este ano de 2021, a agência A Austin estima uma alta de 3,3% do PIB do Brasil, bem abaixo da média de crescimento global esperada em 5,5%. Confirmadas as projeções, o país pode cair para a 14ª posição no ranking das maiores economias do mundo, sendo superado também por Austrália e Espanha. O fenômeno econômico da superação do PIB brasileiro, por países que não concentram principalmente suas atividades na produção de comodities com baixo valor agregado, e ao “sabor” das variações em suas cotações no mercado mundial, não é um elemento exclusivo do governo neofascista de Bolsonaro. Os governos burgueses da Frente Popular incentivaram bastante este “modelo” , para surfar no boom econômico da alta das comodities e na consequente geração da enorme bolha de crédito internacional. Porém quando a “bolha estourou” no final do primeiro governo Dilma, em consequência da crise capitalista de superprodução, o Brasil passou a ser superado pelas economias sub-imperialistas que focaram a reprodução do capital em tecnologia, informação e serviços. Com o advento da pandemia, um simples disfarce para a maquiagem da crise de superprodução internacional, o “Grande Reset” pegou de frente a débil economia brasileira, provocando recessão, falências e desemprego em massa.

No restante do planeta, mesmo as economias imperialistas sofreram forte retração com a imposição de medidas restritivas, sob a justificativa de “controle sanitário em defesa da vida”. O Fórum de Davos e o Clube de Bilderberg, ou seja a fachada pública da governança global do capital financeiro, tinha por objetivo decretar a quarentena mundial para brecar a produção industrial, favorecer o rentismo e controlar o agronegócio. A Europa atingida por uma fictícia primeira e depois uma “segunda onda” da covid-19, teve o pior desempenho em 2020 por região, com uma queda média das economias de 7,2%. Já no centro de comando do imperialismo, os EUA, o Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta uma queda de 4,3% do PIB em 2020. Portanto o fenômeno econômico da recessão profunda, não é uma particularidade “bolsonarista”, como quer nos fazer crer os reformistas da esquerda domesticada, em seu afã de promover a demagogia eleitoral da oposição burguesa, o crash é do capitalismo global, em sua atual etapa histórica da Nova Ordem Mundial do Controle Sanitário, onde o Grande Reset é o elemento fulcral!

Em outra vertente, em direção contrária ao “negativismo” econômico mundial, encontra-se a China. O governo chinês, comandado pelo Partido Comunista, anunciou  que sua economia cresceu 2,3% em 2020, sendo um dos poucos países do mundo a registrar uma expansão do PIB (Produto Interno Bruto) em meio ao Grande Reset global. Trata-se, no entanto, do crescimento mais fraco do gigante asiático nos últimos 44 anos. O “segredo” dos chineses para escapar da “recessão”, fenômeno que não conhecem há 40 anos, foi bem simples: diante da pandemia, detectada inicialmente em Wuhan, fecharam sanitariamente a cidade (com o método herdado de uma economia planificada), porém no resto do país, suas fábricas e linhas de produção industrial não sofreram o menor bloqueio. Com a “locomotiva” econômica funcionando a “todo vapor”, e o “teatro” da região de Wuhan cercada e isolada totalmente, para supostamente deter a expansão do coronavírus, a China tanto seguiu as ordens protocolares da governança global do capital financeiro, como também não impulsionou o Grande Reset no seu próprio território. Com a fórmula de agradar aos “dois senhores”(rentismo internacional e sua própria burguesia industrial nativa), o governo do PCC soube driblar a crise capitalista internacional, apresentando como vitorioso ao mundo seu “modelo” de capitalismo estatal, ou socialismo de mercado, escolham o termo mais simpático, porque ambos os conteúdos econômicos são idênticos, pelo menos para a China.