PCO APOIA INTERVENÇÃO DA ONU NO BRASIL: RUI PIMENTA DEFENDE QUE O COVIL IMPERIALISTA AFASTE BOLSONARO... CONTRA ESTA TRAIÇÃO VERGONHOSA, REIVINDICAMOS A POSIÇÃO PRINCIPISTA DE TROTSKY “ESTAREMOS INCONDICIONALMENTE COM O ‘BRASIL FASCISTA’ CONTRA UMA INTERVENÇÃO IMPERIALISTA ‘DEMOCRÁTICA’!”
O PCO vem festejando o pedido feito pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para que o covil imperialista da Organização das Nações Unidas (ONU) intervenha no Brasil sob o pretexto de combater a pandemia de Covid-19. No artigo “Pandemia fora de controle: Maduro denuncia Bolsonaro na ONU por política genocida” (DCO, 26.03) Rui Pimenta justifica o pedido da intervenção da ONU pelo Chavismo alegando que “O presidente da Venezuela pede que organismos internacionais intervenham no governo brasileiro, pois o país se tornou um risco sanitário para todo o continente. Maduro também cobrou providências da Organização das Nações Unidas (ONU), exigindo que o órgão cobre uma resposta efetiva do governo brasileiro para frear o avanço da pandemia, visto que o Brasil já é considerado um risco para sanitário para toda a região, pelo descontrole da contaminação”. Desta forma, o PCO “honra” sua tradição de se colocar ao lado do imperialismo “democrático” contra as nações oprimidas rompendo cabalmente com o Trotskismo. Rui Pimenta teve essa conduta traidora em 2011 na Líbia, repetindo como papagaio da mídia imperialista que Kadaffi era um “ditador sanguinário” para legitimar a intervenção da OTAN. Agora reproduz a mesma cantilena revisionista no Brasil, alegando como toda a esquerda domesticada a Big Pharma que por Bolsonaro ser um “genocida sanitário” deve ser retirado do governo por uma intervenção da ONU. Obviamente todo combatente anti-imperialista deve rechaçar vigorosamente esta vergonhosa posição capituladora do chavismo e do PCO.
Ao tentar “eliminar” o neofascista Bolsonaro pela via da extrema direita imperialista travestida de “humanitária e em defesa da vida”, abre-se um perigosíssimo flanco de “legitimidade” para futuras intervenções militares do Pentágono em nosso continente. Somente uma esquerda reformista do quilate do Causa Operária, completamente degenerada como o atual Chavismo e seu similar brasileiro, o Lulismo, pode admitir a reivindicação de uma intervenção ianque, em nome da defesa de uma falsa “ciência” dos bandidos da OMS&BigPharma. É verdade que existem genocidas nesta pandemia global, os primeiros da lista são as corporações do capital financeiro e sua governança mundial do rentismo. Com certeza estes assassinos mais “qualificados” não estão principalmente em Brasília e sim concentrados em Davos (Fórum Econômico Mundial), Bruxelas (OTAN), Washington (Casa Branca) e na sede da ONU em Nova York!
Como o grande revolucionário Trotsky afirmou no final dos
anos 30 “Estaremos incondicionalmente com o fascismo de Vargas contra uma
intervenção imperialista no Brasil!”. O fundador do Exército Vermelho não tinha
nenhuma simpatia por Vargas (como não temos hoje pelo odiado Bolsonaro) porém
afirmou exaustivamente que diante de um confronto entre o Imperialismo
“democrático” e o “semi-fascista” Getúlio cerraria fileiras com este último.
Trotsky definiu brilhantemente a possibilidade de uma hipotética derrota do
“Brasil fascista” diante da “Inglaterra democrática” e como ele os Trotskistas
da LBI não têm dúvidas de que lado ficar em um conflito desta dimensão. O velho
mestre nos apontava esse caminho com muita clareza e sem malabares políticos
acerca de que lado estariam os revolucionários no caso de uma possível invasão
de um país semicolonial pelo imperialismo: “Existe atualmente no Brasil um
regime semi-fascista que qualquer revolucionário só pode encarar com ódio.
Suponhamos, entretanto que, amanhã, a Inglaterra entre em conflito militar com
o Brasil. Eu pergunto a você de lado que do conflito estará a classe operária?
Eu responderia: nesse caso eu estaria do lado do Brasil ‘fascista’ contra a
Inglaterra ‘democrática’. Por que? Porque o conflito entre os dois países não
será uma questão de democracia ou fascismo. Se a Inglaterra triunfasse ela
colocaria um outro fascista no Rio de Janeiro e fortaleceria o controle sobre o
Brasil. No caso contrário, se o Brasil triunfasse, isso daria um poderoso
impulso à consciência nacional e democrática do país e levaria à derrubada da
ditadura de Vargas. A derrota da Inglaterra, ao mesmo tempo, representaria um
duro golpe para o imperialismo britânico e daria um grande impulso ao movimento
revolucionário do proletariado inglês. É preciso não ter nada na cabeça para
reduzir os antagonismos mundiais e os conflitos militares à luta entre o fascismo
e a democracia. É preciso saber distinguir os exploradores, os escravagistas e
os ladrões por trás de qualquer máscara que eles utilizem!” (Entrevista com
Leon Trotsky, Mateo Fossa, 23/9/1938).
Ao contrário de Rui Pimenta “que não tem nada na cabeça” em seu Lulismo embriagado que arrasta o PCO para abomináveis posições pró-imperialistas em nome de combater Bolsonaro, não colocamos nas mãos da ONU a tarefa de “eliminar” o presidente neofascista, como hoje fazem os revisionistas, mas sim como uma tarefa dos trabalhadores que com sua luta direta devem combater não só o canalha instalado no Palácio do Planalto mas ganhar as ruas contra a crise econômica capitalista e o genocídio promovido pela governança global do capital financeiro, com a ajuda de Bolsonaro e dos governadores neoliberais!
Como nos ensinou Trotsky sabemos muito bem que o afastamento de Bolsonaro sob o tacão do covil imperialista significaria uma “dupla derrota” para as massas brasileiras. Afirmar que se houvesse o triunfo da ONU sobre Bolsonaro a luta das massas brasileiras estaria em “melhores condições” é uma demência contrarrevolucionária, do mesmo naipe dos que saudaram a restauração capitalista na URSS como uma vitória da “liberdade” para o proletariado ou apresentaram a queda de Kadaffi na Líbia pelas mãos da OTAN e seus “rebeldes” como um “triunfo revolucionário”.
Não custa lembrar ao degenerado PCO e ao presidente Maduro que em nome de “causas humanitárias”, intervenções do imperialismo (sempre com o aval da ONU) destruíram países inteiros, como o Iraque, Iugoslávia e mais recentemente a Líbia. Para não esquecermos as lições da Líbia, refresquemos a memória de nossos leitores e de Rui Pimenta sobre a posição do PCO há dez anos atrás quando a ONU e a OTAN bombardeavam o país do norte do Magreb (norte da África) sob os aplausos da mesma esquerda que pede que a ONU “elimine” Bolsonaro.
Os camaleões do PCO foram nada mais nada menos que os primeiros revisionistas a comemorarem a “revolução” na Líbia, quando de fato a OTAN organizava os “rebeldes” de direita made in CIA em Bengazhi para derrubar o governo nacionalista-burguês de Kadafi!!! Em êxtase, na época o PCO não titubeou: “O cerco contra Kadafi está se fechando e à medida que reage com extrema violência contra os líbios as manifestações ficam cada vez maiores” (Causa Operária On line, fevereiro de 2011). Até hoje o PCO convenientemente encobre o fato das “massas” a que se refere na Líbia nada mais eram que bandos tribais reacionários em unidade com mercenários, pequeno-burgueses, empresários e yuppies de Bengazhi financiados diretamente pela Casa Branca. Para não pairar dúvidas, vejamos o que Causa Operária falava na Líbia: “A crise na Líbia, governada pelo ditador Muamar Khadafi, se agrava mais a cada dia que passa. As manifestações, assim como ocorreu no Egito, pode (sic) derrubar o Khadafi e sua política de apoio ao imperialismo” (sítio PCO, 18/02/2011). O PCO estava unido e de mãos dadas com os “rebeldes” contra o “ditador” Kadafi que diziam ser aliado do imperialismo e um neoliberal. Mais recentemente, em 2014, o PCO, uma das correntes mais entusiastas no apoio aos “rebeldes” mercenários da OTAN publicou um artigo tragicômico sobre a situação da nação norte-africana. Após lamentar que o “país ficou em pedaços depois que o imperialismo precipitou a queda de Kadafi” (sítio PCO, 11/04/2014) em uma tentativa de se limpar um pouco da posição Morenista que adotou de unidade de ação com os “rebeldes” pró-OTAN, Causa Operária voltou à carga e afirma “O nacionalismo árabe estava esgotado, e Khadafi tinha adotado um modelo neoliberal na Líbia. Por isso as massas estavam mobilizadas para derrubar seu governo. A intervenção militar do imperialismo tinha o objetivo de colocar um governo diferente que contivesse as massas... Em fevereiro de 2011 a OTAN, liderada por França, EUA e Reino Unido, bombardeou o País para precipitar a derrubada do governo, que enfrentava protestos de massa” (Idem). Em resumo, o PCO saúda a OTAN por “ajudar as massas” a derrubar mais rápido o governo Kafaffi, comemorando a unidade de ação pró-imperialista que desejam reproduzir agora no Brasil!
Não custa lembrar ao degenerado presidente Maduro, que com esta traição ao povo brasileiro, põe até em risco o legado do nacionalismo bolivariano. Recordemos também que a Venezuela sofre um boicote econômico criminoso, impulsionado pelo imperialismo ianque e também é vítima constante de operações militares clandestinas de sabotagem, sempre partindo o comando da Casa Branca em Washington.
Em outubro de 2016, o parlamento da Venezuela então controlado pela oposição pró-imperialista aprovou em uma sessão extraordinária uma declaração pública no qual afirmava existir a “ruptura da ordem constitucional e a existência de um golpe de Estado no país cometido pelo regime de Nicolás Maduro e pelos poderes Judicial e Eleitoral”. Os parlamentares ligados ao MUD e a direita solicitaram à “comunidade internacional a ativação de todos os mecanismos necessários para garantir os direitos do povo da Venezuela”, o que significa na prática um chamado a intervenção diplomática e até militar sob o comando da OEA (controlada pelos EUA) contra o governo do PSUV. Eles também anunciaram que formalizarão uma denúncia no Tribunal Penal Internacional (TPI) contra os juízes regionais e os reitores do Conselho Nacional Eleitoral, classificados como responsáveis pela suspensão do processo de referendo para tirar Maduro da presidência. Agora Maduro usa a pandemia como pretexto para recorrer a mecanismos similares de intervenção internacional contra Bolsonaro no Brasil.
Por fim, no seu artigo em favor da intervenção da ONU no Brasil o PCO trata de reproduzir as informações manipuladas pelas agências de saúde controladas pelo imperialismo via a OMS financiada por Bill Gates. Segundo Rui Pimenta a “A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), na última quarta (24), reafirmou o risco que o Brasil representa destacando que na Venezuela os Estados de Bolivar e Amazonas, bem como a província de Pando na Bolívia e Loreto no Peru, todas fronteiriças ao Brasil, enfrentam um grande número de casos.”. Atualmente o PCO passou de crítico formal do isolamento social proposto pela OMS a divulgador dos manipulados boletins diários de mortos, supostamente por todas as pessoas que testarem Covid, o que inclui um universo enorme de mortos por motivos diversos, mas com Covid.
Ao silenciar a denúncia do terror sanitário, orquestrado pela burguesia financeira do Fórum de Davos e pelo imperialismo “democrático”, o PCO se dilui no mesmo caldo degenerado da esquerda domesticada pelo rentismo, que não por coincidência a financia hoje. A ONU, OTAN e a Big Pharma agradecem aos apelos “humanitários” de Rui Pimenta por uma intervenção imperialista no Brasil!
Ao aplaudir o gravíssimo desvio pró-imperialista do governo Maduro que no futuro se voltará para uma intervenção ianque contra a própria Venezuela, o PCO revela que suas denúncias contra a esquerda “pequeno-burguesa” são completamente vazias porque Rui Pimenta defende a mesma pauta do fascismo sanitário da OMS e das grandes corporações copiada pelo reformistas do PT, PCdoB, PSOL e PSTU: a vacinação em massa, o isolamento social, “lockdonw de verdade” e não denuncia a operação política mundial montada pelos grandes capitalistas com a orquestração da pandemia para impor uma Nova Ordem Mundial, impulsionando o Grande Reset da economia capitalista.
Agora o PCO ingressou nesse “seleto” clube da esquerda
domesticada pela porta da frente, clamando entusiasticamente pela intervenção
do covil imperialista da ONU no Brasil e rompendo de vez com o Trotskismo!