sexta-feira, 19 de março de 2021

UM GRANDE NEGÓCIO: VACINA DA PFIZER É A “COMMODITY” MAIS LUCRATIVA DA HISTÓRIA DO COMÉRCIO INTERNACIONAL

A vacina contra o coronavírus da Pfizer já é a primeira droga com maior projeção na geração de receita no mundo, inclusive se comparada a outras “commoditys” do mercado mundial do comércio. Entretanto a corporação farmacêutica planeja torná-la uma fonte de receita ainda maior e perante quando a pandemia terminar. A revista Forbes e a FiercePharma, garantem que a multinacional “obterá maior preço” assim que a pandemia diminuir e “não estaremos mais em um ambiente de preços sob supervisão pandêmica”.

Só este ano, a corporação imperialista espera vendas no valor de cerca de US$150 bilhões com base nos atuais contratos nacionais extorsivos para sua vacina contra o coronavírus, mas esse número ainda pode dobrar, já que a Pfizer diz que pode fornecer 2 bilhões de doses este ano, aumentando sua capacidade industrial, através da instalação de fábricas em países periféricos, como a Índia. Segundo a Forbes, a multinacional estabelecerá um preço 3 ou 4 vezes superior aos US $ 19,50 que cobra atualmente do governo dos Estados Unidos, chegando até mesmo a US$156 por dose, na chantagem de certos países.

A Pfizer baseia o preço atual de suas vacinas na necessidade dos governos nacionais garantirem a distribuição das doses para uma população aterrorizada pela mídia corporativa. Quanto mais mortes e terror sanitário mais lucro, mas desgraçadamente esse “link” não é feito pela esquerda, que atua como garota propaganda da Big Pharma. A empresa norte-americana divide os lucros em 50 por cento com seu parceiro alemão Biontech, um acordo de “Primeiro Mundo”.

Como parte da Operação “Warp Speed”, a Pfizer concordou em fornecer ao governo dos EUA um lote inicial de 100 milhões de doses de sua vacina por um preço “simbólico” de US$1,95 bilhão, para que os norte-americanos pudessem receber a vacina “gratuitamente”, do governo Biden. O contrato inicial da Pfizer incluía uma opção futura para o governo comprar até 500 milhões de doses a mais por US$19,50 por dose.  Esse número está bem abaixo dos US $150 a por dose que a farmacêutica normalmente receberá com sua vacina de outros países, através da assinatura de contratos literalmente secretos. Em completa desproporção com o preço da vacina AstraZeneca, de US$4 por dose. Os executivos da Pfizer divulgaram uma estimativa de vendas de US$150 bilhões como parte dos planos da multinacional para este ano, com base nas doses a serem entregues sob contratos firmados. Só para ter uma noção da potência desta cifra da Pfizer, todas as reservas cambiais do Brasil estão na ordem de 300 bilhões de dólares, isto dito antes da pandemia é claro.

Conforme a demanda por sua vacina contra o coronavírus diminuir, a empresa pode manter a mesma lucratividade significativa, cobrando preços mais altos e aplicando doses de reforço de rotina para novas variantes do vírus, disse o CEO da Pfizer, Albert Bourla. Daí o alarde pela mídia, das perigosas “variantes”, ser uma pauta permanente. Durante a “Barclays Global Health Conference”, um executivo da Pfizer afirmou que a empresa não vê a vacina contra o coronavírus como um evento único, mas como "algo que continuará no futuro previsível". A Pfizer já lançou um estudo sobre uma terceira dose da vacina para lidar com as variantes, pediu reforços anuais e disse aos investidores financeiros para esperar um fluxo de receita por várias décadas, como ocorreu com as vacinas de pouquíssima eficiência contra a gripe. "Todos os anos você precisa tomar uma vacina contra a gripe. O mesmo acontecerá com a Covid”, afirmou Albert Bourla.