MAIS UM DIRIGENTE SINDICAL ASSASSINADO NA COLÔMBIA: 39 LUTADORES DO POVO MORTOS ATÉ MARÇO DE 2021 PELOS PARAMILITARES A SERVIÇO DO GOVERNO DUQUE... ORGANIZAR A RESISTÊNCIA OPERÁRIA-POPULAR E COMITÊS DE AUTODEFESA!
Com o assassinato de Germán Medina Triviño, são 1.153 ativistas e dirigentes sindicais mortos desde a assinatura dos “Acordos de Paz”. Triviño foi morto nesta terça-feira ao deixar sua casa no município colombiano de Florencia (Caquetá), somando 39 homicídios contra lideranças sociais e defensores dos direitos humanos no país latino-americano somente neste ano, até março de 2021. Desde novembro de 2016, quando da assinatura do "Acordo de Paz" celebrado entre o Governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), um rastro de sangue segue na elimação dos lutadores do povo no país. Em muitas áreas da Colômbia diversos grupos paramilitares direitistas disputam o controle do território para controlar as receitas provenientes do tráfico de drogas, mineração de ouro, tráfico de madeira, valor agregado de megaprojetos ou obras de infraestrutura. Além disso, a violência é cometida em um contexto de grilagem de terras e divisão do poder político burguês. Os massacres e assassinatos vão e vêm nesta vala comum que é o país e na qual o estado capitalista, hoje governado pelo regime paramilitar de Duque.
Massacres ordenados nas capitais ou grandes propriedades pela burguesia e latifundiários que lucram com a produção e distribuição de narcóticos, mineração e safras intensivas. Mulheres e jovens são as principais vítimas da guerra contra o povo, na qual bandidos, garimpeiros e grupos agroindustriais lutam para conquistar o lucro deixado pela exploração das terras que produzem uma renda extraordinária para o sucessivo investimento de capital, utilizando para isso, tanto as forças militares oficiais e paramilitares, quanto os exércitos privados.
O principal responsável por este massacre é o estado de
ditadura dos grandes capitalistas e monopólios, e o regime mafioso que hoje
administra os negócios dos ricos. Enquanto os massacres são contados, os mortos
choram, os algozes intelectuais e materiais são responsabilizados nas redes
sociais e nos meios de comunicação populares, a luta contra o terrorismo de
Estado nas ruas também é redobrada, apesar e contra as denúncias dos sindicatos patronais que culpam os protestos
por não permitirem a "reativação da economia".
Perante o terror de Estado que assassina o povo na
impunidade da justiça burguesa, devemos redobrar as denúncias, os bloqueios e a
mobilização nas ruas! Todas as iniciativas e esforços devem ser colocados juntos
para avançar na preparação da Greve Geral Indefinida na Colômbia e na
constituição de comitês de autodefesa!