REPRESSÃO SELVAGEM NA ARGENTINA: NA PROVÍNCIA DE FORMOSA O “CONFINAMENTO SOCIAL” É MANTIDO A BASE DE BOMBAS E CACETETES CONTRA A POPULAÇÃO REBELADA
O governador da província (estado) de Formosa, Gildo Insfrán, que escandalizou recentemente a Argentina por transformar os “centros de confinamento” em prisões, decretou ontem o retorno a chamada “Fase 1”, ou seja lockdown. Grupos de manifestantes se mobilizaram contra Insfrán e o aparato de repressão do seu governo(aliado do presidente Alberto Fernandez),que respondeu à luta da população com uma brutal violência policial. As mobilizações começaram ontem à noite (04/03) na Plaza San Martín e no centro da capital provincial. A situação ficou cada vez mais tensas ao longo das horas até que o governo decidiu responder com selvagem repressão.
Os protagonistas das mobilizações são os mesmos que se
opuseram à quarentena desde o início da pandemia, trabalhadores “ambulantes”, e
donos de pequenos negócios, afogados pela crise econômica capitalista, que para
o proletariado se tornou desesperadora. O governo da província de Formosa tem
graves problemas para implementar a quarentena forçada, devido à sua gestão
totalmente retrógrada e reacionária da pandemia, o uso repressivo de
confinamentos, seu investimento nulo em saúde e infra-estrutura, somados ao
escândalo das “prisões para infectados”.
A violência começou quando a polícia decidiu tentar evacuar
a Plaza San Martín, onde os manifestantes já estavam concentrados há mais de 12
horas. “Eles estão atirando com chumbo e não com balas de borracha”,
denunciaram as vítimas da brutal repressão em meio ao lançamento de gás
lacrimogêneo.
O presidente Alberto Fernandez reiterou seu apoio às ações
do governador Insfrán, como parte da blindagem recíproca que os governadores da
direita peronista e o governo nacional dispensam um ao outro. Convocamos desde
o Brasil, a manifestarem a mais ampla solidariedade em apoio aos bravos manifestantes
que saíram às ruas de Formosa, para combater a versão do fascismo sanitário,
que está sendo imposto pela governança global do capital financeiro, com a
cobertura “científica” da criminosa OMS.