quarta-feira, 10 de março de 2021

EUA E COREIA DO SUL ACORDAM INCREMENTAR MILITARIZAÇÃO: NOVAS PROVOCAÇÕES AO ESTADO OPERÁRIO NORTE-COREANO NO HORIZONTE

A Coreia do Sul aceitou pagar cerca de US$ 1,04 bilhão (R$ 6,04 bilhões) aos EUA para segurança durante este ano, correspondendo a um aumento de 14% desde 2019. Esta resolução surge em menos de dois meses da administração do carniceiro “Democrata” Biden, em meio aos esforços de aliviar as tensões com um aliado-chave bastante criticado por Trump. Boa parte dos planos de política externa de Biden se baseia na coordenação dos EUA com os seus aliados para cercar militarmente a China, Rússia, Venezuela, Irã e a Coréia do Norte. O objetivo das forças ianques em solo sul-coreano é uma linha de ataque a Coreia do Norte e, potencialmente, a China.

Edward Price, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, contou na terça-feira (9) que o acordo teria sido "negociado cuidadosamente e, por enquanto a princípio, com sucesso". Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores sul-coreano declarou, nesta quarta-feira (10), que "a República da Coreia e os EUA resolveram o problema principal da aliança de maneira prévia e suave, pouco depois da posse da administração Biden. [...] Isto mostra a solidariedade da aliança entre a República da Coreia e os EUA. No momento, Anthony Blinken e Lloyd Austin, secretários de Estado e de Defesa dos Estados Unidos, respectivamente, estão se preparando para visitar o Japão e a Coreia do Sul na próxima semana, mostrando o desejo de Biden de incrementar o cerco militar dos EUA na Ásia a seus adversários.

Como Marxistas-Leninistas declaramos que a campanha orquestrada pela Casa Branca de fortalecimento militar a Coréia do Sul, um enclave imperialista, está voltada contra o Estado Operário norte-coreano. As constantes provocações cumprem, em última instancia, o objetivo de acabar com qualquer possibilidade de que algum regime ao redor do planeta se oponha ainda que minimamente ao “american way life”, como são os casos específicos da Coreia do Norte e Irã.

Os Bolcheviques Trotskistas da LBI continuarão defendendo incondicionalmente a Coréia do Norte diante de qualquer ameaça ou agressão militar imperialista, inclusive seu pleno direito ao armamento nuclear, porém não omitiremos nossa vigorosa crítica aos rumos políticos que a burocracia stalinista pretende levar o Estado Operário, ameaçando sua própria existência e conquistas históricas do proletariado.

Não devemos nutrir a menor confiança política na capacidade de “negociação” da burocracia stalinista coreana, pronta para capitular a qualquer momento em troca de sua própria sobrevivência enquanto uma casta social privilegiada. 

A tarefa que se impõe no momento é o chamado ao conjunto do proletariado asiático que se unifique na bandeira da derrota do imperialismo ianque e seus protetorados militares da região, em particular convocando a classe operária do Sul para cerrar fileiras na luta pela reunificação socialista do país.