segunda-feira, 29 de março de 2021

“TROCA-TROCA” NO GOVERNO NEOFASCISTA: QUANDO 6 NÃO É POLITICAMENTE IGUAL A “MEIA DÚZIA”... 

O dia nesta segunda-feira (29/03) está sendo bem agitado politicamente em Brasília. O gerente neofascista Jair Bolsonaro está encampando a maior reforma ministerial de todo o curto período do seu governo, em plena crise econômica, agravada com o “Grande Reset” capitalista promovido pela governança global do capital financeiro. Após a recente saída do general Eduardo Pazuello do Ministério da Saúde, exigida pelas corporações farmacêuticas imperialistas, o “Centrão” do Congresso Nacional passou a colaborar com a pressão internacional contra o governo Bolsonaro, o que provocou mudanças em outros seis ministérios. O primeiro a ser demitido nesta segunda-feira foi Ernesto Araújo, que ocupava o Ministério das “Alucinações Exteriores” e vinha sendo duramente criticado por organismos da ONU e por parlamentares ligados diretamente ao capital. O segundo do dia a deixar o governo foi Fernando Azevedo e Silva, do Ministério da Defesa. Na sequência, José Levi, responsável pela Advocacia-Geral da União (AGU), apresentou sua carta de demissão das pasta, após ter o cargo solicitado pelo presidente, levando o atual ministro da Justiça ao seu cargo anterior. As mudanças provocaram ao todo trocas em 6 ministérios, e acontecem dias após o presidente da Câmara, Artur Lira (PP-AL), que é chefe do “Centrão”, ameaçar Jair Bolsonaro com o início do processo do impeachment, caso não houvesse mudanças de rumos políticos no governo. Acuado de todos os lados, e agora sem o respaldo da Casa Branca, que aponta em outra direção golpista, Bolsonaro patrocina um “troca-troca” de 6 pastas, mas que significa politicamente algo muito diferente de “meia dúzia”. O “Bozo” taxado de genocida por uma mídia corporativa e uma oposição burguesa tão ou mais genocida do que o patético capitão miliciano, terá que enquadrar seu governo (sem mais as bravatas “nacionalistas”) as diretrizes integrais do rentismo internacional, que já tem no Palácio do Planalto, o presidente de fato, estamos falando é claro de Paulo Guedes, o representante legítimo no país do “Deus Mercado”. Caso contrário, Bolsonaro verá em breve a crise pandêmica extrapolar o limite do suportável, e ser varrido de Brasília não em 2022, pela via eleitoral, mas já esse ano por meio de um outro golpe institucional.