sexta-feira, 12 de março de 2021

“RACISMO NA FAMILIA REAL” BRITÂNICA: DESTRONAR A REACIONÁRIA MONARQUIA E LUTAR PELA REPÚBLICA SOCIALISTA PARA ACABAR COM A DESCRIMINAÇÃO DE COR E A EXPLORAÇÃO DE CLASSE!

O calculado e midiático “desabafo” de Harry e Meghan no programa de Oprah Winfrey na Rede CBS norte-amercinca sobre racismo e rejeição dentro da realeza saiu da esfera familiar para pôr em relevo os preconceitos reacionários da monarquia britânica no século XXI. Dois dias após a entrevista, o Palácio de Buckingham rompeu timidamente o silêncio, para dizer que as questões raciais serão investigadas e tratadas “em particular” pela família real. Trata-se de uma farsa completa, é a reacionária monarquia britânica que deve ser liquidada coletivamente junto com o conjunto da ordem burguesa que sustentam o racismo, a descriminação de cor, gênero e a exploração de classe!

A monarquia britânica encara o maior desafio para a instituição desde a morte da princesa Diana. “Harry está explodindo sua família fazendo o que Meghan quer”, sentenciou o premiê Boris Johnson que derrama elogios à rainha Elizabeth, também preservada pelo casal “dissidente” que deseja faturar com o drama e clama pela modernização da família real, nunca colocando obviamente em pauta a liquidação desse monstrengo histórico e caduco, que serve como um distracionismo real diante da crise econômica por que passa o país. 

Não por acaso, a secretária de imprensa do carniceiro “democrata” Biden elogiou a “coragem” de Harry e Meghan, ao contarem sua história pessoal e a luta da duquesa para preservar sua saúde mental. A víbora Hillary Clinton se disse chocada e criticou a realeza por não oferecer apoio à duquesa da “crueldade ultrajante” praticada pelos tabloides britânicos: “Foi comovente ver os dois sentados ali, tendo que descrever como era difícil ser aceito e integrado, não apenas pela família, mas mais dolorosamente pela sociedade, cuja narrativa é dirigida por tabloides que vivem do passado.”

Os tabloides bem informados afirmam que Meghan e Harry estão sendo assessorados por Barack e Michelle Obama, notáveis na arte burguesa de converter o prestigiado sobrenome em dinheiro, principalmente quando o assunto é o racismo, criando ONGs para supostamente combatê-lo. Esses conceitos policlassitas não servem ao avanço da luta dos trabalhadores, ao contrário, são um obstáculo a libertação do proletariado! 

Sob Elizabeth II, justamente no momento em que o Império Britânico desmoronava para sempre, o cerimonial da realeza atingiu o auge de seu fausto e a vida da família real parasitária tornou-se uma novela diariamente acompanhada pela BBC e os tabloides. Registre-se que cada cidadão britânico desembolsa pelo menos £ 1 (R$ 5,42) por ano para sustentar a família real. Além disso, a realeza tem propriedades espalhadas por todo o país e a rentabilidade delas vai para o Tesouro. Cerca de 15% a 25% dessa grana é repassada aos ilustres aristocratas para custear a reacionária monarquia, suas pompas enquanto o povo sofre duros ajustes neoliberais e os efeitos de pandemia com um serviço médido completamente saturado.

A rainha se disse “preocupada e entristecida” com as revelações midiáticas que um membro da família se mostrou apreensivo pela cor de pele do filho do casal que estava para nascer. Os “súditos” da rainha ainda não digeriram os detalhes do suposto inferno descrito pela duquesa de Sussex e pelo príncipe.

Lembremos que em 1649, os britânicos tornaram-se o primeiro povo da Idade Moderna a proclamar uma República e decapitar seu soberano, Charles I. Quando essa primeira experiência não deu certo, não se limitaram a voltar para trás: estabeleceram a primeira monarquia constitucional da história, agora o proletariado inglês precisa avançar rumo a uma república socialista, livre de toda opressão de cor, gênero e classe. 

Os cansativos escândalos da família real já começavam a dar nos nervos do público que vive as agruras da pandemia na Inglaterra quando a chegada de uma nova atriz talhada para o papel de “princesa rebelde negra” que clama contra o racismo mas preserva a ordem capitalista e a própria monarquia "modernizada" veio a tona em mais um grande capítulo da novela circense no antro da monarquia decrépta.

Não passa de uma farsa o “conto de fadas” e os sinais de abertura e modernização da monarquia, testemunhados por milhões de pessoas há três anos, durante o casamento real dos agora denunciantes. A saída revolucionária para essa questão é a luta por uma república socialista na Inglaterra que destrone todos os parasitas monárquicos e coloque o poder politico e social nas mãos dos conselhos operários e populares sob a direção de um partido comunista, que nada tem de similar com o carcomido partido trabalhista inglês, integrado até a medula a ordem monárquica-parlamentar reacionária!