LULA REFÉM DE OUTRA MANOBRA DO IMPERIALISMO: DECISÃO DE FACHIN NÃO É DEFINITIVA, “CENTRO CIVILIZATÓRIO” VISA CERCAR BOLSONARO DE TODOS OS LADOS, PARA “PASSAR A BOIADA” DO GRANDE RESET, ENQUANTO O REFORMISMO ENTRA EM TRANSE ELEITOREIRO DO IMOBILISMO TOTAL!
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, nesta segunda-feira (08/03) que a 13ª Vara Federal de Curitiba não é competente para julgar os crimes de Lula e anulou suas condenações. Com a decisão monocrática, Lula volta a ser temporariamente elegível, no curso de um longo processo que recém inicia uma “segunda onda” de negociações com o imperialismo e a burguesia nacional, que agora segue as ordens do “Centro Civilizatório” mundial instalado na Casa Branca, após a saída de Trump. Para o ultra reacionário Fachin, a 13ª Vara Federal de Curitiba não “era o juiz natural dos casos”, ou seja, não deveria ter sido a responsável originalmente pelos julgamentos. Por serem relacionados à Petrobrás e sua subsidiária, a Transpetro, os crimes deveriam ter sido julgados em Brasília, concluiu o trânsfuga paranaense, colocado no STF por Dilma Rousseff. Os processos serão enviados para Justiça Federal do Distrito Federal, para serem analisados, validados integralmente, em parte, ou anulados.Ainda não há data para que a decisão de Edson Fachin seja discutida pelos demais ministros (Pleno) do STF. Portanto começa um longo processo de barganha entre a Frente Popular e o imperialismo ianque, progenitor político da gênese da condenação de Lula e também de uma possível absolvição do ex-presidente petista.
As condenações de Lula ficam revogadas até os novos julgamentos (se o STF confirmar a sentença de Fachin) e o líder petista torna-se apto a concorrer às eleições presidenciais de 2020, pois a condenação à inelegibilidade pela Lei da Ficha Limpa era uma consequência das condenações por corrupção e lavagem. Entretanto o mais significativo é encarar a decisão de Fachin como um modo de evitar que o agente do FBI, Sérgio Moro, o então juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, fosse considerado “suspeito”, no julgamento que se esperava para as próximas semanas. A expressão mais clara, mais nítida, desta manobra operada pelo imperialismo, foi a declaração do presidente da Câmara dos Deputados, aliado de Bolsonaro, o deputado Arthur Lira (PP-AL): “Minha maior dúvida é se a decisão monocrática [de Fachin] foi para absolver Lula ou Moro”.
A expectativa da esquerda reformista em declarar a “suspeição” de Moro, no processo do triplex do Guarujá, em que Lula foi condenado era muito grande, porque dessa forma estaria praticamente garantida a anulação geral de todas as condenações. Essa “suspeição” fora pedida pela defesa de Lula e estava nas mãos de Gilmar Mendes. Havia pouca dúvida sobre o resultado do pedido da defesa de Lula, o próprio Gilmar Mendes não fez segredo do que estava favorável à “cassação” do justiceiro Moro. A decisão de Fachin, de remeter os processos de Lula para uma nova Vara, impede o julgamento da “suspeição” de Moro, pois é a própria sentença deste último, no caso do triplex, que deixa de existir. Com isso, a decisão de Fachin preserva também a farsa jurídica da Lava Jato.
Em resumo, a jogada do imperialismo ordenada a seu títere do
STF, não deixa dúvidas que se trata de mais um lance no tabuleiro do xadrez
político da conjuntura nacional, onde o comando geral é “cercar e sangrar”
(agora até utilizando Lula) o gerente neofascista do Planalto, “elegendo”
Bolsonaro como a representação do “satanás no Brasil”, enquanto os maiores
genocidas da governança global do capital financeiro, vão promovendo o Grande
Reset da economia capitalista, tentado evitar a rebelião popular diante do
colapso do atual modo de produção da burguesia. Na verdade é a governança do
rentismo internacional a maior criminosa do planeta, inflando uma “oportuna”
pandemia para eliminar uma parte da população considerada “não produtiva”,
negando aos mais necessitados e infectados a possibilidade de tratamento
preventivo contra a Covid. Estes abutres da Big Pharma e mídia corporativa são
os genuínos negacionistas! Porém para a esquerda domesticada que tem seu foco
girado totalmente para as eleições de 2022, nada melhor para promover sua
demagogia eleitoreira, do que a existência de gerente de extrema direita, que
atuando como uma “escada” para o Centro Civilizatório do capital financeiro,
denigre qualquer tentativa séria de se estancar o mais rapidamente possível esta
covarde sindemia contra a população mais carente do planeta.