quarta-feira, 31 de março de 2021

RELATÓRIO DOS “DIREITOS HUMANOS” DO DEPARTAMENTO DE ESTADO DOS EUA: UMA FARSA “HUMANITÁRIA” PARA IMPOR OS INTERESSES GEOPOLÍTICOS DO IMPERIALISMO IANQUE NO PLANETA 

Anualmente o Departamento de Estado norte-americano divulga um relatório com uma lista de países acusados de desrespeitarem os direitos humanos. Coincidentemente, esses países são conhecidos mundialmente por divergirem política e ideologicamente dos Estados Unidos e por não se submeterem ao imperialismo ianque. Neste ano de 2020, como o relatório imperialista atacou Bolsonaro, logo a esquerda domesticada, papagaio da Rede Globo, saiu a comemorar a peça de farsa “humanitária” montada pelo imperialismo ianque para impor seus interesses geopolíticos. Segundo o jornal da Famiglia Marinho, O Globo, “O Departamento de Estado americano divulgou nesta terça-feira (30) relatório sobre os direitos humanos em 2020 que aponta desrespeito do governo brasileiro à liberdade de expressão — que é garantida pela Constituição”. O Secretário de Estado dos EUA, o falcão “Democrata”, Anthony Blinken, o mesmo que vem acusando a China, Cuba, Rússia, Irã, Coreia do Norte e Venezuela de desrespeitarem os “direitos humanos” participou pessoalmente do evento de divulgação do relatório para demonstrar quem são os verdadeiros alvos do imperialismo ianque. 

As atrocidades cometidas pelos Estados Unidos dentro e fora de seu território são provas mais que suficientes de qual é o país que mais viola os direitos humanos no mundo. Falsa liberdade, falsa democracia, falsa igualdade, falsa vida: é com essas ideias que a potência neocolonialista mundial se arvora como censora dos demais países.

Uma notícia publicada no site Political Blind Spot, portal de notícias especializado em destacar as reportagens que não aparecem na grande mídia estadunidense, revela que na maior nação capitalista do planeta 80% da população vive próxima a pobreza ou abaixo da linha da miséria, e que, só nessa última condição, são 49,7 milhões de pessoas. 

Além disso, 125 norte-americanos morrem todos os dias por não poderem pagar qualquer tipo de plano de saúde. Quem não tem plano de saúde (estima-se que sejam 50 milhões de norte-americanos nesta condição) tem boas razões para temer os cuidados de saúde que o governo presta: o transporte em ambulância custa, em média, o equivalente a R$ 1.300,00 e a estadia num hospital público mais de R$ 500,00 reais por dia. Os procedimentos cirúrgicos também são muito caros, impossibilitando o acesso a quem não tem condições de pagar por um plano privado.

Hoje, no país que se diz um exemplo de democracia para o mundo, existem 3 milhões de presos, o que representa a maior população carcerária do mundo. Desses, mais de 100.000 estão em regime de isolamento, em calabouços pobres de ventilação, sem luz natural, definhando física e psicologicamente.  

Alguns prisioneiros estão nessa situação há 40 anos, conforme relata o Registro de Direitos Humanos nos Estados Unidos, publicado pela China. De acordo com esse documento, os Estados Unidos é uma das nações que menos garante a vida, a propriedade e a segurança pessoal de seus habitantes, já que a cada ano uma em cada cinco pessoas é vítima de algum crime, a taxa mais alta do planeta.

Nos últimos anos, os afro-americanos têm sido vítimas frequentes de assassinatos raciais, como George Floyd e outros negros.

Por outro lado, a Baía de Guantánamo está localizada ao sul de Cuba. Desde 1903 os Estados Unidos detêm direitos sob essa área através de um contrato que foi firmado com Cuba para que o país norte americano explorasse o minério e para a construção de uma base naval, que hoje abriga os prisioneiros de guerra do Iraque e Afeganistão, além de presos políticos de diversas partes do mundo. 

O Campo de Detenção da Baía de Guantánamo não está regulamentado em nenhuma convenção internacional e, por esse motivo, não se fiscaliza o que lá acontece, nem mesmo por órgãos do covil de bandidos da ONU, facilitando a violação de muitos direitos dos detidos.

Nos últimos 35 anos, os EUA tem sido o autor intelectual e material de intervenções militares em diversos países do mundo, todas com o modus operandi baseado nas mais graves violações dos direitos humanos. Em 2001 ocorreu a invasão do Afeganistão, quando os EUA lançaram uma operação de busca a Osama Bin Laden, acusado por Washington de ser o mentor do ataque terrorista ao World Trade Center, em Nova Iorque. A invasão permanece e já deixou um saldo de 7.486 soldados mortos, além de ser responsável pelo assassinato de 17.252 civis entre os anos de 2009 e 2019.

O Iraque foi invadido em 2003 sob o falso pretexto da busca de armas de destruição em massa, que nunca existiram. Segundo eles, a invasão foi motivada pela libertação do povo e garantia de democracia e seguridade. Porém, foram assassinados 4.808 militares no período. 

Até 2013, se calculou em mais de 730.000 o número de civis assassinados, segundo dados da organização Opinion Research Business. Paquistão, Iêmen e Somália também são vítimas de ataques estadunidenses desde 2002, sob o pretexto de acabar com grupos terroristas. Nesses países é comum o uso de drones (aviões militares não tripulados com poder de fogo), que assassinam centenas de civis, entre eles crianças e idosos. 

A Líbia foi cenário de uma invasão em 2011, sob o argumento de acabar com uma suposta repressão por parte do governo de Kadaffi. Além de assassinar o presidente, os invasores destruíram e dividiram o país, que até hoje não alcançou a prometida democracia e liberdade. Também na Síria, desde março de 2011, ocorre o ataque de grupos terroristas financiados pelos próprios Estados Unidos, com mais de 200.000 civis assassinados. 

Na Ucrânia, em 2014, se levou a cabo um golpe de Estado desenhado pelos Estados Unidos. Nesse processo um milhão de pessoas já foram desalojadas e quase 6.000 foram assassinadas pela repressão do atual governo apoiado pela Casa Branca.

Hoje, nos países que sofreram intervenção dos EUA, o resultado é que milhões de pessoas perderam suas vidas, a pobreza cresceu, a expectativa de vida diminuiu drasticamente, enquanto a mortalidade infantil, a violência, a fome e a desigualdade social estão entre as maiores do mundo. Boa parte da população vive abaixo da linha da miséria, além de uma alta taxa de desemprego, com milhões de pessoas sem acesso a saneamento básico, luz elétrica e água potável.

Os Estados Unidos foram responsáveis por muitos desastres humanitários em todo o mundo, de acordo com o Histórico das Violações dos Direitos Humanos nos Estados Unidos em 2019. Os Estados Unidos estiveram envolvidos em guerras no Iraque, Afeganistão, Síria e Iêmen, causando enormes baixas civis e perdas de propriedades, disse o relatório emitido pelo Escritório de Informações do Conselho de Estado chines.

O relatório diz que os Estados Unidos impediram o Tribunal Penal Internacional (TPI) de cumprir suas funções de investigar os supostos crimes de guerra cometidos pelos Estados Unidos, ameaçando os funcionários do TPI com congelamento de fundos e sanções econômicas.

Ele apontou que o embargo econômico contra Cuba e as sanções unilaterais contra a Venezuela impostas pelos Estados Unidos foram uma violação maciça e flagrante dos direitos humanos das pessoas nesses países.

O relatório também disse que os Estados Unidos se retiraram de vários mecanismos multilaterais, incluindo o Conselho de Direitos Humanos da ONU e o Pacto Global sobre Migração da ONU, fugindo de suas obrigações internacionais e causando problemas ao sistema internacional de governança.

Essa é a prova mais recente de como se ampliou a lista das violações de direitos humanos cometidas pelos EUA.

Definitivamente, os EUA não podem falar com autoridade política e moral sobre os direitos humanos quando o imperialismo ianque é o maior inimigo dos povos! 

Desgraçadamente a esquerda que só tem olhos para o fantoche Bolsonaro vem se valendo das organizações controladas pelo imperialismo, como a ONU e a OTAN, para defender ataques as nações oprimidas, como o PCO e o PSTU, fez recentemente. Cabe aos revolucionários denunciarem a esquerda domesticada ao grande capital e ao imperialismo ianque que agora vergonhosamente saúda o relatório-farsa ianque!