O "PROTESTO FATAL" DO SOLDADO WESLEY NA BAHIA: NÃO ERA UM DOS NOSSOS E MUITO MENOS HERÓI, APESAR DE TER SIDO MORTO PELA MESMA PM QUE REPRIME OS TRABALHADORES NO LOCKDOWN IMPOSTO PELOS GOVERNADORES NEOLIBERAIS!
Apresentado como “herói do povo brasileiro” por bolsonaristas, o soldado da PM da Bahia Wesley Gomes obviamente não era um dos nossos, mas foi morto por outros policiais após disparar vários tiros de um fuzil no Farol da Barra protestando "a seu modo" contra o Lockdown imposto pelo governador do PT, Rui Costa. A revolta de Wesley foi expressão de uma mente doentia e desestabilizada que personifica o ambiente psicológico da tropa militar e suas tendências fascistas afloradas em meio ao Lockdown imposto pelos governadores no curso da pandemia, onde a corporação assassina ganhou muito peso em seu poder repressivo. Para os Marxistas Revolucionários obviamente Wesley não é “um herói o povo brasileiro”, pelo contrário, não passa de um militar de tendências fascistas que protestava armado contra as medidas draconianas impostas pelo governo do PT ocupando deformadamente o vácuo político deixado pela esquerda domesticada que adotou a pauta de terror sanitário imposta pela OMS e a governança global a serviço do capital financeiro. Não prestamos qualquer solidaridade ao soldado morto mas somos absolutamente contrários a repressão que o alto-comando da PM e o governador Rui Costa desata contra o povo pobre que sai às ruas para trabalhar e ganhar seu sustento para manter suas famílias vivas, sendo brutalmente reprimido pela PM que o soldado Wesley tanto desejava "resgatar em sua dignidade".
O PM tinha o rosto pintado de verde e amarelo e teria gritado “Eu quero trabalhar com honra, com dignidade. Eu não vou mais prender trabalhador, não entrei na polícia para prender pai de família. Quero trabalhar com dignidade porque sou policial militar da Bahia. Venha ver a desmoralização da Polícia Militar da Bahia”.
Obviamente o que aconteceu na Bahia era um protesto direitista contra a medida de confinamento social e toque de recolher adotada pelo governador petista da Bahia, Rui Costa. Logo a morte do PM por seus colegas de farda foi aproveitada pela extrema-direita para atacar a gestão burguesa do PT que vem de fato perseguindo os pequenos comerciantes e camelôs.
Como a esquerda domesticada apoia o toque de recolher e as medidas de isolamento social que vai arrastando para miséria milhares de pais de família, deixa na mão de tipos como Wesley e das carreatas bolsonaristas o justo protesto contra o terror sanitários imposto pelos governadores neoliberais em seus estados.
Diante do cretinismo dos governos do PT que seguem as ordens da OMS, cresce a extrema direita com o discurso oportunista da defesa das “liberdades democráticas”, enquanto a esquerda reformista fica a gritar estupidamente por “lockdown e vacinação já!”. As medidas draconianas e inúteis contra a pandemia seguem as ordens anticientíficas da OMS à serviço da Big Pharma abre caminho para o crescimento da extrema direita que posa cinicamente de defensora das liberdades e do direito ao emprego.
Em Salvador, o deputado direitista estadual Marco Prisco (PSC) logo convocou uma manifestação em homenagem ao policial morto na região do Farol da Barra ontem. Prisco já liderou três movimentos grevistas de policiais militares na Bahia e defendeu greve geral da PM e da Polícia Civil da Bahia
Apoiadores
do bolsonarismo também saíram às ruas de Salvador em homenagem ao soldado morto buscando
capitalizar o ocorrido. Prisco conclamou em vídeo publicado nas redes sociais,
os militares a paralisarem as atividades, em solidariedade ao colega de farda.
Na frente do hospital para onde Wesley foi levado ainda com vida, policiais
gritavam “a PM parou”, que não se concretizou até o momento.
Nesta segunda, perfis bolsonaristas seguiram politizando a morte de Wesley. Em postagens que tentam dar conotação de heroísmo à atitude do policial, políticos ligados ao Bolsonarismo compartilharam um vídeo no qual o soldado aparece gritando palavras de ordem. “Soldado da PM da Bahia abatido por seus companheiros. Morreu porque se recusou a prender trabalhadores. Disse não às ordens ilegais do governador Rui Costa da Bahia. Esse soldado é um herói. Agora a PM da Bahia parou. Chega de cumprir ordem ilegal!”, escreveu a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputada Bia Kicis (PSL-DF) no Twitter. Depois a parlamentar apagou a postagem, para “aguardar as investigações”. Ao postar o mesmo vídeo, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) escreveu: “Sinto muito a morte do PM-BA. É muito difícil aguentar tanta pressão”. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou que, “aos vocacionados em combater o crime, prender trabalhador é a maior punição”. “Esse sistema ditatorial vai mudar. Protestos pipocam pelo mundo e a imprensa já não consegue abafar. Estão brincando de democracia achando que o povo é otário. Que Deus conforte os familiares do PM-BA”, disse o filho do presidente Jair Bolsonaro.
No plano mais geral, vemos claramente que atualmente além
das já conhecidas velhas hordas da extrema direita, um público novo aflui aos
atos para protestar contra o lockdown no país, um elemento político importante
da conjuntura nacional, que vem gerando desespero em milhões de famílias que
não tem outro meio de sustentação a não ser o pequeno comércio, seja o de rua
ou em micro estabelecimentos formalizados.
Ao contrário da maioria do funcionalismo público (a exceção
do segmento da saúde e prestação de serviços), ou dos altos executivos de
empresas privadas, que podem ficar em casa praticando um “confortável”
isolamento social, um enorme setor social da população brasileira tem como sua
única fonte de sustento, as ruas!
Como o governo neofascista não tem o menor interesse em
garantir uma renda mínima digna aos setores carentes da população durante toda
a pandemia (primeira onda “auxílio mínimo”, segunda onda auxílio ultrajante!),
a extrema direita pretende galvanizar o descontentamento popular com a crise
capitalista, jogando a responsabilidade do desemprego nos ombros dos governos
burgueses estaduais, todos fielmente comprometidos com o Grande Reset promovido
pelo capital financeiro.
Por outro lado, a esquerda reformista e domesticada, assiste o avanço da extrema direita nas ruas, trancada em casa, acovardada e “debaixo da cama”. Com os sindicatos fechados para os trabalhadores, com a desculpa do risco do contágio da Covid, o movimento de massas não encontra nenhum apoio político na esquerda para sua mobilização.
Neste cenário político, onde a governança
global do capital financeiro “elegeu” o Brasil como centro internacional do
terror sanitário, somente a extrema direita tem a ousadia de ganhar as ruas, no
vácuo da covardia da esquerda domesticada, abrindo espaço para "protestos" como o do Soldado Wesley.
Com a bandeira do: “Fique em casa, porque lutar é muito
perigoso”, o PT, PCdoB, PSOL e PSTU estão cavando a própria sepultura, torcendo
para o imperialismo ianque intervir no Brasil, sob o pretexto de amenizar uma
“crise humanitária”, como assim destruíram o Iraque, Iugoslávia e a Líbia. A
política de: “Vamos pedir ajuda ao Biden”, esperando em casa as eleições de
2022 para “Eleger o Lula presidente”, revela o caráter contrarrevolucionário da
esquerda reformista, cúmplice do genocídio praticado contra o povo brasileiro,
pelos governos burgueses federal e estaduais no seu conjunto!
Frente a esta situação, defendemos combater a extrema direita e a frente popular ganhando as ruas contra a
crise econômica capitalista e o genocídio promovido pela governança global do
capital financeiro, com a ajuda de Bolsonaro e dos governadores neoliberais, como
Rui Costa na Bahia (PT)!