GUEDES ANUNCIA “PLENO VOO DA ECONOMIA”: PORÉM PRODUÇÃO
INDUSTRIAL CRESCE 0%! É O “GRANDE RESET” DO FÓRUM DE DAVOS QUEM DÁ AS ORDENS
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A produção industrial brasileira ficou estagnada em junho, registrando 0,0% no mês em relação a maio, segundo Pesquisa Mensal da Indústria, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã da última terça-feira (03/08). O setor industrial fechou o segundo trimestre do ano com tombo de 2,5% na comparação com o primeiro trimestre, em meio ao desemprego recorde, queda na renda do trabalhador e carestia com os altíssimos preços dos produtos alimentares básicos. Foi a segunda taxa trimestral negativa seguida nesta base de comparação (trimestre contra trimestre imediatamente anterior). Para além da publicidade midiática da “retomada do crescimento”, que neste ponto unifica tanto o governo neofascista como a oposição burguesa, hoje comandada pela famiglia Marinho em parceria com o PT, a economia capitalista brasileira segue ordinariamente a dinâmica do “Grande Reset”, orientação regida pelo Fórum Econômico Mundial de Davos. O “sinal verde” para desenvolvimento anômalo do modo de produção capitalista, somente foi dado para a Big Pharma, Big Tech e obviamente para o rentismo financeiro que hoje governa o planeta.
Com essa variação nula em junho, o setor industrial permanece no patamar pré-crise pandêmica, mas no resultado desse mês observa-se uma predominância de taxas negativas como uma perspectiva futura, entre as atividades das grandes fábricas de bens de capital e consumo direto.
Para o próprio IBGE, órgão estatal, o movimento recessivo representa uma clara piora do ritmo de produção este ano em relação ao final do ano passado. Ou seja, não há recuperação do setor produtivo, mas um agravamento da crise capitalista que se dissemina por todas as categorias econômicas.
Na passagem de maio para junho, três das grandes categorias econômicas e 14 das 26 atividades investigadas registraram queda. Segundo a pesquisa do IBGE, pesam sobre a situação da indústria o alto nível desemprego, que compromete a massa salarial e impacta diretamente no consumo. Além disso, os efeitos nefastos do lockdown da pandemia do capital financeiro, impuseram redução do ritmo produtivo e encareceram muito os insumos.
A maior queda entre as categorias industriais foi registrada em bens de consumo semi e não duráveis, que caiu 1,3% na passagem de um mês para o outro. Aqui estão enquadradas a produção de alimentos, medicamentos, roupas e calçados, justamente os ramos atingidos pela perda do poder de compra das famílias. As outras quedas vieram de bens duráveis e bens intermediários (ambos -0,6% sobre maio). O setor que registrou menor queda foi o de bens de capital.
Diretamente interligada a queda da produção industrial está o desemprego. A taxa acumulada em 12 meses registrou avanço de 6,6%, informou o IBGE. A pesquisa revelou que a alta nos níveis de desocupação acontece diante de uma base de comparação muito depreciada. A crise de 2021 tem a ver com o recrudescimento da pandemia, com mais isolamento social e restrições. Exatamente os “protocolos sanitários” exigidos pelo Fórum de Davos, seguidos integralmente pelos governos burgueses neoliberais e de extrema direita.