quarta-feira, 4 de agosto de 2021

ALERTA VERMELHO DESDE A COLÔMBIA: GOVERNO NEOFASCISTA ACIONA INTERPOL PARA PRENDER IVÁN MÁRQUEZ NA VENEZUELA

O governo neofascista de Ivan Duque anunciou hoje a reativação de três alertas vermelhas da Interpol contra Iván Luciano Márquez Marín, dirigente guerrilheiro que abandonou o farsesco “acordo de paz” e lidera uma dissidência da extinta guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). “Pedimos formalmente ao escritório central da Interpol na Venezuela que localize e capture o pseudônimo Iván Márquez, que está na Venezuela, para ser extraditado para a Colômbia e responder por esses crimes”, disse o diretor-geral da Polícia, Jorge Luis Vargas Valencia, em comunicado oficial. 

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Cinicamente, o presidente Iván Duque assegurou em 26 de julho que Márquez estava em território venezuelano “protegido” pelo governo Maduro e pediu aos Estados Unidos que declarassem a Venezuela como país promotor do terrorismo por abrigar ex membros das FARC e guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional.

De Caracas, o chanceler Jorge Arreaza negou as acusações e acusou o presidente Duque de ser "cínico" por lançar acusações sem investigar a participação de ex-militares colombianos no assassinato do presidente haitiano, Jovenel Moïse.

Com a ativação das circulares, Márquez é procurado em 196 países que fazem parte da Interpol para responder pelos crimes de recrutamento ilegal, homicídio de pessoa protegida e desaparecimento forçado cometidos entre 2001 e 2002.

O governo colombiano oferece até 3.000 milhões de pesos (aproximadamente US $ 766.000) em informações para ajudar a localizar e capturar Márquez, enquanto o governo dos Estados Unidos oferece uma recompensa de até US $ 10 milhões por supostos crimes relacionados a sequestro e tráfico de drogas, quando na verdade perseguem Iván Márquez dor ser dirigente guerrilheiro.

Em outubro de 2019, o Jurisdição Especial de Paz, tribunal criado para julgar os fatos do conflito interno na Colômbia, expulsou Márquez, retirando os benefícios que obteve em 2016 após a assinatura do acordo de paz com o governo colombiano, que incluía a suspensão ou cancelamento de mandados de prisão, perda de anistias e liberdade condicional.

Desde então, o Ministério Público retomou a investigação dos crimes cometidos por Márquez antes e depois da assinatura dos farsesco acordos de paz.