ALERTA VERMELHO DESDE A COLÔMBIA: GOVERNO
NEOFASCISTA ACIONA INTERPOL PARA PRENDER IVÁN MÁRQUEZ NA VENEZUELA
O governo neofascista de Ivan Duque anunciou hoje a reativação de três alertas vermelhas da Interpol contra Iván Luciano Márquez Marín, dirigente guerrilheiro que abandonou o farsesco “acordo de paz” e lidera uma dissidência da extinta guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). “Pedimos formalmente ao escritório central da Interpol na Venezuela que localize e capture o pseudônimo Iván Márquez, que está na Venezuela, para ser extraditado para a Colômbia e responder por esses crimes”, disse o diretor-geral da Polícia, Jorge Luis Vargas Valencia, em comunicado oficial.
LEIA TAMBÉM: DEPOIS DE MADURO: AGORA A CASA BRANCA “PÕE UM PREÇO” PARA AS CABEÇAS DOS ATUAIS DIRIGENTES DAS FARC
Cinicamente, o presidente Iván Duque assegurou em 26 de julho que Márquez estava em território
venezuelano “protegido” pelo governo Maduro e pediu aos Estados Unidos que
declarassem a Venezuela como país promotor do terrorismo por abrigar ex membros
das FARC e guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional.
De Caracas, o chanceler Jorge Arreaza negou as acusações e
acusou o presidente Duque de ser "cínico" por lançar acusações sem investigar
a participação de ex-militares colombianos no assassinato do presidente
haitiano, Jovenel Moïse.
Com a ativação das circulares, Márquez é procurado em 196
países que fazem parte da Interpol para responder pelos crimes de recrutamento
ilegal, homicídio de pessoa protegida e desaparecimento forçado cometidos entre
2001 e 2002.
O governo colombiano oferece até 3.000 milhões de pesos
(aproximadamente US $ 766.000) em informações para ajudar a localizar e
capturar Márquez, enquanto o governo dos Estados Unidos oferece uma recompensa
de até US $ 10 milhões por supostos crimes relacionados a sequestro e tráfico de drogas, quando na verdade perseguem Iván Márquez dor ser dirigente guerrilheiro.
Em outubro de 2019, o Jurisdição Especial de Paz, tribunal
criado para julgar os fatos do conflito interno na Colômbia, expulsou Márquez,
retirando os benefícios que obteve em 2016 após a assinatura do acordo de paz
com o governo colombiano, que incluía a suspensão ou cancelamento de mandados
de prisão, perda de anistias e liberdade condicional.
Desde então, o Ministério Público retomou a investigação dos
crimes cometidos por Márquez antes e depois da assinatura dos farsesco acordos de paz.