quarta-feira, 4 de agosto de 2021

PICO DE COVID NO IRÃ: EUA E ISRAEL ORQUESTRAM ATAQUE BACTERIOLÓGICO CONTRA O REGIME DOS AIATOLÁS EM MEIO A ESCALADA DE PROVOCAÇÕES MILITARES

O Irã registrou nesta segunda-feira (02.08) um recorde de infecções diárias de covid-19, com mais de 37.000 casos, em um contexto de aceleração da epidemia no país, que também registrou seu maior número de mortes diárias nos últimos três meses. Nas últimas 24 horas, o ministério da Saúde iraniano registrou 37.189 casos de coronavírus, o que eleva o total de infecções para 3.940.708. O ministério também registrou 411 mortes relacionadas ao coronavírus no mesmo período e o saldo acumulado de mortes chegou a 91.407. Trata-se de um claro ataque bacteriológico dos EUA e de Israel para debilitar o Regime dos Aiatolás. Foi uma clara represália ao fato de que Ali Khamenei, líder máximo do regime nacionalista burguês do Irã, ter anunciado  no começo do ano que as vacinas contra a covid-19 oriundas dos Estados Unidos e do Reino Unido (Big Pharma) estavam proibidas no Irã, alegando que não confia nestes países imperialistas, na medida em que Teerã está desenvolvendo a sua própria vacina, com os métodos científicos comprovadamente eficientes e sem nenhuma manipulação genética.

“A importação de vacinas dos Estados Unidos e do Reino Unido está proibida. Eles não são dignos de confiança e não é improvável que queiram contaminar outras nações”, afirmou o líder político iraniano, em vigoroso discurso ao país transmitido pelas televisões iranianas no começo do ano. 

Recentemente, Teerã fechou um acordo com Cuba para produzir a vacina Soberana! Os Institutos Finlay de Vacinas de Cuba e Pasteur do Irã assinaram uma corajosa declaração conjunta para transferência de tecnologia na produção da vacina anticovid-19, Soberana-02

Não seria demais relembrar que o Irã vem sendo alvo do terrorismo imperialista em todos os terrenos, desde o embargo econômico até o assassinato seletivo de seus melhores cientistas. Khamenei teceu duras críticas às autoridades norte-americanas, considerando um: “Fiasco a gestão da pandemia nos Estados Unidos. Vacinas da Pfizer/BioNTech, Moderna e Universidade de Oxford/Astrazeneca, as três comercializadas em países ocidentais, não chegarão aos iranianos”. 

Os Institutos Finlay de Vacinas de Cuba e Pasteur do Irã assinaram uma declaração conjunta para transferência de tecnologia na produção da vacina anticovid-19, Soberana-02.

“Cuba e o Irã têm uma longa história de cooperação no setor de biotecnologia. Em particular, a colaboração entre o Instituto de Vacinas Finlay de Cuba e o Instituto Pasteur do Irã sobre a vacina Covid-19 se baseia em uma relação estratégica no campo da pesquisa e desenvolvimento de tecnologias vacinais ”, afirma o documento do instituto cubano.

A diretora do instituto iraniano, Alireza Biglarí, destacou a eficácia de 91,2% de duas doses de Soberana-02, e da dose de reforço, Soberana Plus; que estão na terceira fase do ensaio clínico cubano. Durante esta fase de testes clínicos desta vacina, cerca de 44.000 pessoas em Cuba e 24.000 no Irã foram avaliadas clinicamente.

No dia 1º de julho, o Ministro da Saúde do Irã, Said Namaki, anunciou a autorização do uso emergencial do Soberana-02 naquele território, após concluir com sucesso várias etapas de testes e se tornar o segundo medicamento validado no Irã, depois do COVIRAN Barekat, seu primeira vacina produzida internamente.

Cuba também possui a vacina anticovídeo Abdala (CIGB-66), desenvolvida pelo Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia e Laboratórios Aica e cuja eficácia é de 92,28%.

A Abdala recebeu a autorização para uso emergencial, razão pela qual se tornou a primeira vacina da América Latina e do Caribe a atingir essa condição, que agora já pode ser exportada para outros países que resistem as imposições da Big Pharma.

Dessa forma, as duas nações deram mais um passo em sua relação estratégica no campo da pesquisa e desenvolvimento da tecnologia para a fabricação de vacinas, após a assinatura, em 8 de janeiro, do acordo para a realização de um ensaio clínico fase III do medicamento no Irã. Não por acaso dos dois países foram alvo de ataques bacteriológicos como represária a não se dobrar aos ditamentes da Nova Ordem Mundial.