domingo, 6 de junho de 2021

BATALHA DE STALINGRADO FOI O VERDADEIRO “DIA D”: DERROTA NAZISTA PARA EXÉRCITO VERMELHO E NÃO DESEMBARQUE DA NORMANDIA FOI MARCO MILITAR DA VIRADA CONTRA HITLER NA 2ª GUERRA MUNDIAL

A imprensa burguesa tenta minimizar a importância da URSS, apresentando o desembarque das forças aliadas imperialistas na Normandia (Norte da França), em 06 de junho de 1944, o chamado “Dia D”, como a ação militar que determinou a derrota do nazismo, quando na verdade essas tropas só não foram completamente esmagadas pelos nazistas porque, atendendo a um pedido de Churchill (Primeiro-Ministro da Inglaterra), Stalin ordenou a abertura de novas frentes de combate no Leste. A vitória da URSS sobre o nazismo custou ao proletariado soviético a extraordinária cifra de 26,6 milhões de mortos, dos quais cerca de 74% eram combatentes civis. A resistência operária, combatendo junto com o Exército Vermelho, foi o fator decisivo para a vitória soviética. A virada no cenário da guerra começou com a Batalha de Stalingrado, que aconteceu entre 1942 e 1943. A cidade soviética, localizada nas margens do Rio Volga, presenciou o maior combate da Segunda Guerra Mundial.

Somente mais tarde, em 6 de junho de 1944, os chamados “aliados” desembarcavam na Normandia, data conhecida como "Dia D". A operação é considerada a maior invasão por mar da história e deu início à libertação dos territórios ocupados pelos alemães no noroeste da Europa, mas somente pode ocorrer porque a URSS já havia dizimado os nazistas em outras frentes.

O Dia D, também conhecido como Operação Overlord, aconteceu no dia 6 de junho de 1944 e marcou o início para as forças militares dos exércitos capitalistas da liberação da França do domínio dos nazistas na Segunda Guerra Mundial. O Dia D foi importante ao criar um front ocidental de guerra, o que acentuou o desgaste dos alemães que já lutavam na Itália e no front oriental contra a União Soviética.

O desembarque dos soldados Aliados na Normandia começou na noite do dia 5 de junho de 1944, com paraquedistas saltando em diferentes posições. A ação dos paraquedistas foi considerada desorganizada, pois muitos foram mortos pelos alemães, enquanto outros morreram afogados em pântanos. O grande mérito dessa missão foi ter criado uma grande confusão entre os nazistas. Ao final do Dia D, os Aliados haviam conquistado as praias da Normandia. No entanto, a luta travada nessas praias não foi tão brutal como se costuma imaginar.

Dos 10 milhões de feridos na Alemanha na Segunda Guerra Mundial, 75% foram infligidos pelo Exército Vermelho. A outrora poderosa Luftwaffe foi dizimada pela Rússia. Quase toda a produção militar alemã foi para abastecer os 1.600 km da Frente Oriental, onde as forças de elite da Alemanha foram atacadas em batalhas titânicas como Kursk e Stalingrado, envolvendo milhões de soldados.

As forças soviéticas perderam mais de 20 milhões de homens. As perdas totais dos EUA, incluindo o Pacífico, foram de um milhão. Para Stálin a campanha do norte da África e da Itália não passava de espetáculos secundários para amarrar as forças do Eixo enquanto o Exército Vermelho avançava para Berlim.

O Dia D foi sem dúvida um dos maiores feitos logísticos da história militar moderna. Pense na General Motors contra o guerreiro alemão Siegfried. Para cada tanque dos EUA que os alemães destruíram, outros dez chegaram. Cada tanque alemão era quase insubstituível. Transportar mais de um milhão de homens e seu equipamento pesado através do canal foi um triunfo. Mas quem se lembra de que a Alemanha cruzou o fortemente defendido Rio Reno na França em 1940?

Em junho de 1944, as forças alemãs na Normandia e ao longo de toda a costa do canal quase não tinham combustível diesel ou gasolina. Seus tanques e caminhões foram imobilizados. O poder aéreo dos aliados disparou contra tudo o que se movia, incluindo um carro do pessoal que transportava o marechal Erwin Rommel, bombardeado pelo galante general aviador do Canadá, Richard Rohmer. Unidades alemãs na Normandia estavam abaixo de 40% de eficácia de combate, mesmo sem a escassez de combustível.

Os alemães na França também tinham muito pouca munição, suprimentos e comunicações. As unidades só podiam se mover à noite e, depois, bem devagar. Hitler estava relutante em liberar forças blindadas de suas reservas.

 O massivo bombardeio aliado da Normandia matou 15.000 a 20.000 civis franceses e destruiu muitas cidades e vilas. 

Churchill disse uma vez, “você nunca conhecerá a guerra até que você lute com alemães.” Sem cobertura aérea ou combustível e superadas em número, forças alemãs na Normandia conseguiram montar uma resistência robusta, infligindo 209.000 baixas nos EUA, Canadá, Grã-Bretanha, França livre e Forças aliadas. As perdas alemãs foram em torno de 200.000.

O ponto mais importante da grande invasão é que, sem ela, o Exército Vermelho teria chegado a Paris e aos Portos do Canal até o final de 1944, fazendo da URSS a grande vencedora de toda a Europa, exceto a Espanha. 

É claro que os Aliados poderiam ter chegado a um acordo de paz com a Alemanha em 1944, o qual Hitler estava procurando e o general George Patton estaria defendendo. 

A verdadeira virada na Guerra ocorreu nas batalhas do front oriental (o de Stalingrado) onde o exército da União Soviética combatia os nazistas. O exército vermelho ganha, marcha com muita força até Berlim e foi o primeiro a chegar. Ninguém desmerece a importância do Dia D. Mas no contexto da guerra, o front oriental comandado pelo Exército Vermelho teve importância maior!