VIAGEM DE KAMALA HARRIS A GUATEMALA E MÉXICO: CASA BRANCA EXIGE DOS GOVERNOS A PERSEGUIÇÃO AOS IMIGRANTES E ANUNCIA MAIS REPRESSÃO NA FRONTEIRA
Na Guatemala, Kamala Harris, se reuniu nesta segunda (07) com empresários e manteve um encontro bilateral com o presidente Alejandro Giammattei. No México, a vice presidente ianque se reúne nesta terça (08) com Andrés Manuel López Obrador. Das três nações do Triângulo do Norte, a Guatemala foi escolhida para a visita por ter um governo mais alinhado dos EUA e pela posição geográfica entre México, Honduras e El Salvador. Todo ano, 3 mil imigrantes marcham desde o dia 13 de outubro, partindo de Honduras, passando pela Guatemala e México, rumo a fronteira desse país com os EUA. São homens, mulheres e crianças em luta direta contra a política repressiva do imperialismo ianque de ataque aos povos da América Latina. Países da América Central, de onde milhares de pessoas fugiram nos últimos anos, estão sendo cada vez mais pressionados pelo governo Biden para aumentarem seus esforços de contenção da emigração em massa em direção aos Estados Unidos.
Com Biden, tão festejado pela esquerda reformista no Brasil,
a crise humanitária dos imigrantes latino-americanos se agravou enormemente nos
EUA. Somente o fato cruel da detenção em massa de crianças na fronteira revela
que a gerência Democrata do imperialismo ianque é tão nociva para os povos
oprimidos, quanto o reacionário Trumpismo, nitidamente assumido como um
presidente de extrema direita, ao contrário do dissimulado Biden.
Kamalla cinicamente expressou "séria preocupação" com a migração
em curso. Honduras, Guatemala e El Salvador, cujos governos são submissos ao
imperialismo ianque, pactuaram com a Casa Branca um Plano de Aliança para a
Prosperidade do Triângulo Norte da América Central, com o objetivo declarado de
aumentar esforços na repressão dos trabalhadores nestes países, de maneira a
buscar desacelerar a imigração. As populações das três nações sofrem com a
violência, o narcotráfico e a pobreza, acentuada por insuficientes índices de
crescimento econômico e pela corrupção, mazelas próprias do capitalismo
semicolonial imposto em benefício do imperialismo ianque.
É preciso cobrir da mais ampla solidariedade os imigrantes que enfrentam através da ação direta a política repressiva do imperialismo ianque contra os povos da América Latina. Além do apoio a mobilização faz-se necessário dotar o movimento de um programa revolucionário que empunhe a bandeira da revolução socialista mundial para impor o fim das fronteiras nacionais ditadas pelos interesses dos capitalistas, impulsionando um mundo onde a luta do proletariado mundial unifique os povos em um regime social comunista que garanta plenamente as necessidades de vida dos trabalhadores, antes que o capitalismo arraste o conjunto da humanidade para a barbárie!