NEOFASCISTA BOLSONARO ANUNCIOU QUEIMA DO QUE AINDA RESTOU DA BR DISTRIBUIDORA: AVANÇO DA PRIVATIZAÇÃO DA ESTATAL SÓ PODE SER BARRADO COM A GREVE GERAL
O governo neofascista Bolsonaro pretende se desfazer do restante da fatia que a Petrobrás ainda tem na BR Distribuidora, maior distribuidora de combustíveis do Brasil. Na semana passada (10/06) o conselho de administração da Petrobrás divulgou uma nota, na qual informou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que irá vender toda a participação que a estatal detém, 37,5%, na companhia. Em 2018, o então governo golpista de Michel Temer vendeu 28,75% do capital da BR, por R$ 5 bilhões. Em 2019, o atual governo vendeu na bolsa outros 33,75% em ações, por R$ 8,6 bilhões. Assim, a Petrobrás perdeu controle da sua subsidiária mais lucrativa para grupos privados, que na sua maioria são estrangeiros, como BlackRock e Vanguard(grandes fundos de rentistas), ambos norte-americanos. A FMR, Itaú, Norges Bank, Verde, Kapitalo, SPX e Opportunity estão também entre os novos acionistas da BR.
A decisão do governo de se desfazer das ações remanescentes
da BR que a Petrobrás havia sido tomada pelo conselho de administração da
estatal em agosto de 2020, ainda na gestão de Roberto Castello Branco, que,
segundo ele, sonhava com a privatização da Petrobrás. Após sua saída da direção
da estatal, assumiu o comando da estatal o general Joaquim Silva e Luna, que
está no cargo desde abril. “O montante a ser arrecadado dependerá do resultado
da precificação da transação”, informou em comunicado a direção da Petrobrás na
última quinta.
Com isto, Bolsonaro dá continuidade ao processo de assalto e
entrega do patrimônio da Petrobrás para o capital financeiro. Desde que chegou
ao Palácio do Planalto em 2019, através de uma tremenda fraude eleitoral,
Bolsonaro retirou do controle da Petrobrás, além da BR Distribuidora, a
Transportadora Associada de Gás (TAG) – subsidiária integral da estatal que é
responsável pelo transporte e armazenagem de gás natural por meio de gasodutos
e terminais; a Liquigás, distribuidora do gás liquefeito de petróleo (GLP) –
popularmente conhecido como gás de cozinha; e a Fábrica de Fertilizantes
Nitrogenados (FAFEN), a única fábrica de fertilizantes do País que opera com resíduo
da destilação a vácuo do petróleo.
Além disso, Bolsonaro também entregou ao capital financeiro
internacional, campos de produção de petróleo terrestres e da camada do
pré-sal, térmicas geradoras de energia elétrica e refinarias, e mais
recentemente a Refinaria Landulpho Alves (RLAM) para um fundo de investimento
árabe. Como alertou o especialista Ricardo Maranhão, diretor da Associação dos
Engenheiros da Petrobrás (Aepet) sobre a RLAM, “cronologicamente a mais antiga,
mas absolutamente moderna e eficiente refinaria”. “Nós estamos tratando da
vende de uma parcela expressiva, da ordem de 13% a 14% do mercado brasileiro de
combustível para um fundo de investimento estrangeiro”.
A Petrobrás está ameaçada em seu conjunto, o “fatiamento” da
estatal para fins de privatização, é
parte da estratégia para “liquidar” a empresa até o fim deste governo
neofascista. Os trabalhadores da estatal, concursados e terceirizados, devem
empreender uma luta unificada para barrar a privatização da empresa pelo método
da ação direta, organizando desde já a deflagração de uma nova greve geral!