PROCLAMADA A SUSPEIÇÃO DE MORO: COM "OK" DA CASA BRANCA, STF PAVIMENTA CAMINHO LIVRE PARA A CAMPANHA PRESIDENCIAL DE LULA
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou nesta quinta-feira (24) o então juiz Sergio Moro suspeito em mais dois processos relacionados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão vale para os processos relacionados a um sítio em Atibaia (SP) e a supostas vantagens indevidas envolvendo imóveis em São Paulo, como o Instituto Lula. Com a decisão, os dois processos terão de recomeçar do zero, e as provas não poderão ser aproveitadas. Como Gilmar Mendes decidiu individualmente, cabe recurso do Ministério Público Federal. Após a decisão, os advogados de Lula, Cristiano Zanin e Valeska Martins, divulgaram a seguinte nota: “A decisão do Ministro Gilmar Mendes confere a amplitude necessária à suspeição do ex-juiz Sergio Moro que foi consolidada pelos recentes julgamentos do Supremo Tribunal Federal. Com essa extensão, que atende ao pedido que formulamos, todos os processos em que o ex-juiz Sergio Moro atuou envolvendo o ex-presidente Lula estão maculados pela nulidade irremediável — de forma que nenhum ato poderá ser reaproveitado em qualquer instância”. A maioria que se formou no STT é bastante sólida pela suspeição de Sergio Moro, seguindo uma orientação direta do imperialismo, para catapultar Lula como um dos fortes candidatos para emparedar o neofascista Bolsonaro em 2022.
A Governança Global do Capital Financeiro, não
admite que exista no mundo o menor empecilho para seu projeto do Grande Reset,
mesmo que este obstáculo seja a asquerosa extrema direita, como Trump e
Bolsonaro, o primeiro já foi descartado pelo Deep State, e o segundo está sendo
desgastado pela CPI da Covid-19 que hoje vai se dedicar as denúncias dos “Irmãos
Miranda” sobre o escândalo de corrupção na compra bilionária da Covaxin.
Nesta quarta (23), o Supremo Tribunal Federal reconheceu a
parcialidade de Moro ao condenar Lula no caso do triplex em Guarujá (SP). Para
a defesa de Lula, a decisão confirmou que o ex-presidente foi "alvo de
lawfare, que consiste no uso estratégico das leis para fins ilegítimos" e
"vítima da chamada Operação Lava Jato".
Gilmar Mendes tomou a decisão desta quinta-feira ao atender
a um pedido da defesa do ex-presidente Lula. Na decisão, o ministro afirmou que
a condução por Moro dos processos do triplex, do sítio e do imóvel para o
instituto são semelhantes. "Nos três processos, houve a persecução penal
do paciente [Lula] em cenário permeado pelas marcantes atuações parciais e
ilegítimas do ex-juiz Sergio Fernando Moro. Em todos os casos, a defesa arguiu
a suspeição em momento oportuno e a reiterou em todas as instâncias judiciais
pertinentes”, escreveu Gilmar.
Para o ministro, os "abusos" reconhecidos pelo STF
no caso do triplex também ocorreram em outros processos relacionados a Lula. "Diversos
dos fatos ocorridos e que fundamentaram a decisão da Turma pelo reconhecimento
da suspeição são compartilhados em todas as ações penais, como os abusos em
conduções coercitivas e na decretação de interceptações telefônicas",
acrescentou. Gilmar Mendes lembrou ainda o fato de Moro ter retirado o sigilo
da delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci às vésperas das eleições de
2018 "com finalidades eleitorais".
O STF funciona como um apêndice, uma fachada legal no
Brasil, das ordens vindas da governança global do capital financeiro, por isso
patrocinou o golpe em 2016, “fechando os olhos” para os desmandos
inconstitucionais do então “chefe supremo da justiça”, Sérgio Moro. Se agora
interessa momentaneamente a governança global defenestrar Bolsonaro e colocar Lula
no jogo pré-eleitoral, isto não significa que em 2022 o petista será o candidato preferencial do imperialismo, apesar de tudo indicar nesse sentido.