sexta-feira, 4 de junho de 2021

HÁ 40 ANOS DE UM BRUTAL ATAQUE BACTERIOLÓGICO CONTRA CUBA: IMPERIALISMO IANQUE BOMBARDEOU  O VÍRUS DA DENGUE HEMORRÁGICA CONTRA A ILHA. “TEORIA DA CONSPIRAÇÃO” OU HISTÓRIA?

No final de maio de 1981, há 40 anos atrás, uma epidemia de dengue hemorrágica foi detectada repentinamente em Cuba, afetando cerca de 500 mil pessoas em poucos meses, a maioria delas crianças, e causando mais de 160 mortes.  Infelizmente, mais de 100 deles eram bebês, apesar dos esforços que o Estado Operário e seus organismos sanitários realizaram para salvá-los. Em 29 de maio, o Ministério da Saúde Pública informou sobre uma situação anormal no Hospital Pediátrico Leonor Pérez, no município de Boyeros. Quando apareceu um determinado número de pacientes cujo quadro clínico consistia em febre, cefaleia, erupção cutânea e por vezes hemorragia, optou-se por encaminhar alguns deles, dada a sua quantidade, para outros hospitais pediátricos da cidade. A guarda hospitalar cubana começou a transferir de doentes, principalmente crianças, por isso decidiu-se criar uma Comissão de Trabalho composta por epidemiologistas, pediatras, médicos e virologistas, para investigar o repentino surto epidêmico, que em uma primeira avaliação não tinha razão para ocorrer.

Os primeiros municípios de Havana afetados pela epidemia de dengue hemorrágica foram Boyeros, Santiago de las Vegas e Guanabacoa. O surto se espalhou rapidamente para as províncias de Havana, Cienfuegos e Villa Clara, seguidas por Holguín, Camagüey, Granma e Ciego de Ávila.  Em muito pouco tempo, em todo o país, foram notificados milhares de casos da doença.

Em uma nota do Ministério da Saúde Cubano, datada de 30 de junho de 1981, foram divulgados os resultados das investigações realizadas pela Comissão Científica do Trabalho: “Esta Comissão chegou às seguintes conclusões preliminares: a) O quadro clínico apresentado pelos pacientes era muito semelhante ao da conhecida Dengue. b) Foi excluída a possibilidade de serem casos de doença meningocócica ou pneumonia atípica primária, como ocorreu na Espanha. c) Estudos laboratoriais realizados com amostras de soro colhidas de pacientes, bem como a captura do mosquito Aedes aegypti na área, permitiram afirmar que se trata de uma forma de dengue diferente daquela que causou a epidemia dos anos 1977 -78. d) Entre as suas características, este novo surto epidémico apresentou, em alguns casos (principalmente crianças), manifestações hemorrágicas, mais frequentemente na pele e no aparelho digestivo, bem como choque e diminuição das plaquetas sanguíneas. e) Essa forma hemorrágica grave da dengue ocorre preferencialmente em populações que já sofreram de outros tipos da doença há alguns anos e atinge principalmente crianças.Para o Governo de Fidel Castro e os cientistas cubanos não havia dúvida de que se tratava de um novo ataque bacteriológico contra Cuba, conforme confirmado por este relatório emitido durante uma luta tenaz contra a dengue:

Entretanto para “The Miami Herald”: “A bombástica declaração de Fidel Castro de que as pragas nocivas que destroem plantações e animais em Cuba e a epidemia de dengue que matou mais de 100 pessoas na ilha são obra da Agência Central de Inteligência (CIA) não parece crível”.

Porém o ex-agente do Federal Bureau of Investigation (FBI) William W. Turner e o jornalista Warren Hinckle afirmaram que os Estados Unidos usaram guerra biológica em Cuba durante o governo Nixon. Os agentes norte-americanos alegam que há mais de 20 anos a CIA engaja os Estados Unidos em uma guerra secreta, não declarada e ilegal contra Cuba.  O chamado Projeto Cuba é o maior e menos conhecido que a CIA opera fora dos limites legais.

E como se não bastasse, em declaração do terrorista cubano Eduardo Arocena perante a Justiça Federal de Nova York, em 1984, confessou: “A missão do grupo chefiado por mim era obter certos germes e introduzir eles em Cuba ... ".

A introdução deliberada em território cubano da nova cepa de dengue hemorrágica causou a morte de mais de 100 crianças e 60 adultos. Além disso, 500 mil pessoas foram afetadas, com sérios danos colaterais para a saúde. Para os midiotas da esquerda reformista de hoje, que dizem que não existe “guerra bacteriológica”, que todas essas denúncias contra o imperialismo ianque não passam de “delírios conspiranóicos”, seria bom pelo menos estudar um pouco de história.