quarta-feira, 30 de junho de 2021

OPERAÇÃO NAVAL “SEA BREEZE” NO MAR NEGRO: EUA E UCRÂNIA ORGANIZAM UMA GRANDE PROVOCAÇÃO CONTRA A RÚSSIA

Foi iniciada neste dia (28/06) a operação “Sea Breeze”, Briza Marítima, a grande manobra aeronaval oficialmente “organizada em conjunto, no Mar Negro, pelos Estados Unidos e pela Ucrânia“. Os Estados Unidos, que a planejaram e a comandam, são, portanto, os anfitriões neste mar, muito próximo do território russo. A “Sea Breeze” que ocorre entre 28 de Junho a 10 de Julho, é dirigida pelas Forças Navais USA/Africa, da qual faz parte  a Sexta Frota, com sede no quartel general em Nápoles, Itália. Essa mesma manobra militar engloba exercícios de guerra naval, submarina, anfíbia, terrestre e aérea. Uma grande provocação do imperialismo ianque na costa da fronteira com a Rússia.

Quando em 1997, teve início esta série de manobras anuais no Mar Negro, a atual edição de 2021 conta com o maior número de participantes: 32 países de seis continentes, com 5.000 militares, 18 equipes de forças especiais, 32 navios e 40 aviões de guerra. Participam não são só países membros da OTAN (Itália, Grã-Bretanha, França, Espanha, Grécia, Noruega, Dinamarca, Polónia, Bulgária, Roménia, Albânia, as três repúblicas bálticas, Turquia e Canadá), mas também países parceiros, principalmente a Ucrânia, Geórgia, Moldávia, Suécia e Israel. Entre os outros que enviaram forças militares para o Mar Negro, estão a Austrália, o Japão, a Coreia do Sul, o Paquistão, os Emirados Árabes Unidos, o Egipto, a Tunísia, Marrocos, Senegal e pasmem até o Brasil.

O fato de serem destacadas forças militares no Mar Negro, provenientes da Austrália e do Brasil, para a manobra em larga escala sob o comando dos EUA dirigida contra a Rússia, está de acordo com o que o Democrata genocida Joe Biden prometeu: “Como presidente, vou tomar medidas imediatas para renovar as alianças dos Estados Unidos e fazer com que a América, mais uma vez, lidere o mundo“. A manobra de guerra do Mar Negro, a maior realizada até esta data, mostra que os passos do carniceiro Biden vão no sentido de uma escalada crescente contra a Rússia e, ao mesmo tempo, contra a China.

A “Sea Breeze 2021”, na realidade, foi iniciada de fato no último 23 de Junho, quando o navio de guerra britânico “HMS Defender” navegando da Ucrânia para a Geórgia, entrou em águas territoriais da Crimeia.Um ato deliberadamente agressivo, reivindicado pelo Primeiro Ministro Boris Johnson, que declarou que a Grã-Bretanha pode novamente enviar os seus navios de guerra para essas águas, visto que não reconhece a “anexação da Crimeia Ucraniana” pela Rússia. Esta perigosíssima ação hostil, seguramente de acordo com os Estados Unidos, foi efetuada apenas uma semana após a Cúpula Biden-Putin, descrita pelo Presidente ianque como “boa e positiva“. Uma semana após o Presidente da Federação russa, Vladimir Putin ter advertido na conferência de imprensa em Genebra: “Conduzimos exercícios militares dentro do nosso território, não levamos o nosso equipamento e as nossas tropas para perto das fronteiras dos Estados Unidos da América, como os EUA e os seus parceiros estão agora fazendo perto das nossas fronteiras”. Esta ação belicosa foi implementada pela Grã-Bretanha somente duas semanas após a assinatura da Nova Carta do Atlântico com os Estados Unidos, na qual os aliados do imperialismo têm a garantia de que podem sempre contar com “os nossos dissuasores nucleares” e que “a OTAN continuará a ser uma aliança nuclear“.

A violação deliberada das águas territoriais da Crimeia, que são parte da Rússia, torna ainda mais perigosa, a manobra de guerra no Mar Negro. Esta operação se repetida, pode ter como objetivo provocar uma resposta militar russa, possivelmente com alguns mortos ou feridos, para acusar Moscou de “vil agressão”. Não é pura coincidência que na gerência Biden ocupem cargos importantes, alguns dos arquitetos políticos do putsch da Praça Maidan, em 2014, tais como Victoria Nuland, a atual Subsecretária de Estado para os assuntos políticos. O putsch da extrema direita desencadeou a sequência dos acontecimentos que, com a ofensiva sangrenta contra os russos da Ucrânia, levou os habitantes da Crimeia(território russo passado para a Ucrânia, na era soviética, em 1954) a decidirem com 97% dos votos num referendo popular, separar-se de Kiev(Ucrânia)e reanexar-se à Rússia.

A Rússia foi acusada pelos EUA/OTAN e pela UE de ter anexado ilegalmente a Crimea e foi submetida a sanções econômicas. Agora o imperialismo pretende passar do confronto político e diplomático para o confronto militar aberto. O objetivo do Democrata Joe e do seu patrão maior, a Governança Global do capital financeiro, é bem claro: Sentar às bases para uma nova Guerra Mundial, como parte do projeto do “Grande Reset”, não só da economia mas de uma numerosa parcela da própria humanidade!