QUANTO TEMPO AINDA VAI DURAR O CRIME DE FORT DETRICK? COM A COVID-19, O LABORATÓRIO DEVE AO MUNDO UMA EXPLICAÇÃO
Li Yang: Cônsul-geral da China no Rio de Janeiro
O laboratório bioquímico de Fort Detrick, localizado no Estado de Maryland, nos EUA, nomeadamente o Instituto de Pesquisa das Doenças Infecciosas do Exército dos EUA, tem aparecido com frequência recentemente em vários meios de comunicação mundial por causa da sua monstruosidade e maldade. O Fort Detrick herdou o “legado do diabo”.
Durante a Guerra de Invasão do Japão contra a China nas décadas de 30 e 40 no século passado, a infame força biológica da Unidade 731, que pertencia ao antigo Exército Imperial do Japão, realizou inúmeras experiências horripilantes em seres humanos no Nordeste da China, envolvendo bactérias, gás venenoso, câmaras de pressão e vivissecções, tendo como alvo os civis e soldados anti-japoneses da China, da União Soviética, da Coreia, da Mongólia, dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha e de outros países. Estima-se que de três mil a oito mil pessoas foram usadas como cobaias e mortas nessas experiências!
Como resultado,
Ishii Shiro e seus cúmplices entregaram todos os documentos e registros de pesquisa
para os militares dos EUA com a condição de não serem processados por crimes de
guerra no Julgamento de Tóquio. Os numerosos registros escritos agora mantidos
no Arquivo Nacional dos EUA e na Biblioteca e Museu Presidencial de Harry S.
Truman mostram que, através desta transação sórdida, os EUA não só aprimoraram
suas capacidades de guerra biológica, como também encobriram os crimes brutais
do militarismo japonês, ajudando os criminosos de guerra a escaparem da
punição. Mais tarde, Ishii Shiro foi contratado pelos EUA como consultor de
armas biológicas!
O Fort Detrick criou um mal ainda maior. Segundo documentos
mantidos no Arquivo Nacional dos EUA, de 1946 a 1949, foram realizadas cerca de
60 entrevistas com ex-membros da Unidade 731 em Fort Detrick. O jornalista
americano John Powell escreveu em seu livro: “Claramente, os especialistas em
guerra biológica dos EUA aprenderam muito com seus colegas japoneses. Embora
não saibamos exatamente o quanto essas informações (fornecidas pelos japoneses)
avançaram no programa americano (de armas biológicas), temos o testemunho dos
especialistas de Fort Detrick de que eram inestimáveis. Poucas pessoas sabem
que as armas biológicas desenvolvidas depois pelos EUA foram muito semelhantes
às armas bacteriológicas inicialmente desenvolvidas pelo Japão.” No início de
1952, os militares americanos lançaram guerras bacteriológicas na Coreia do
Norte e no Nordeste da China com bombas bacterianas carregadas de pulgas,
formigas e moscas infectadas por peste e cólera. A investigação da Comissão
Científica Internacional para os Fatos Relativos às Guerras Bacteriológicas na
Coreia do Norte e na China confirmou que o método usado pelos militares
americanos foi desenvolvido com base nos métodos de guerra bacteriológica
japoneses. Naquela época, segundo as fontes internas dos EUA, com o auxílio de
Ishii Shiro e dos outros, os americanos realizaram experimentos de guerra
bacteriana em cima dos prisioneiros de guerra na Ilha de Geojedo, vitimando até
três mil pessoas por dia! Durante a Guerra do Vietnã, os militares dos EUA
aspergiram um desfolhante chamado “agente laranja” sobre 10% do território no
sul do Vietnã, lacerando 4,8 milhões de vietnamitas na época. Até hoje, a saúde
do povo vietnamita ainda está sendo ameaçada pelas “sequelas do agente
laranja”. Foi o Laboratório de Armas Bioquímicas de Fort Detrick que chefiava
as pesquisas e o desenvolvimento do agente laranja.
Quanto tempo ainda vai durar o crime de Fort Detrick? Em
setembro de 1971, considerando a assustadora ameaça das armas biológicas e
bacteriológicas à sociedade humana e ao meio ambiente, 12 países apresentaram à
26ª Assembleia Geral das Nações Unidas o projeto de Convenção sobre a Proibição
de Armas Biológicas. O texto da Convenção foi aberto para assinatura em abril
de 1972 e entrou em vigor em março de 1975, contando com 183 Estados-partes até
agora. A Convenção proíbe a utilização e exige a destruição de todas as armas
bacteriológicas (biológicas) e toxinas. Dado que a Convenção carece de um
mecanismo de verificação, a comunidade internacional trabalha há décadas para
negociar um protocolo de verificação. No entanto, esta negociação tão
importante está bloqueada unilateralmente pelos EUA, sob o pretexto de ser uma
“ameaça à segurança nacional americana”. Por que os EUA fazem isso? Será que os
EUA implementarão de boa-fé a Convenção sobre a Proibição de Armas Biológicas e
abandonarão o programa de armas biológicas que eles vêm perseguindo há muitos
anos?
Em várias ocasiões, foi revelado pelas Forças Armadas e
agências de inteligência da Rússia e de outros países que os EUA estabeleceram
mais de 200 laboratórios biológicos de uso militar e civil no mundo inteiro em
nome do combate ao terrorismo bioquímico, e que não pode ser excluída a
possibilidade de que esses laboratórios estejam desenvolvendo armas biológicas.
Os pecados de Fort Detrick vão muito além disso. Entre julho
e agosto de 2019, Fort Detrick, onde tinha acontecido vazamentos de vírus
antes, teve mais dois vazamentos, e foi fechado após avaliação do Centro para
Controle e Prevenção das Doenças (CDC) dos EUA. Logo depois, uma “pneumonia
desconhecida” apareceu no Estado de Maryland, seguida por um nível sem
precedentes de atividade de influenza em todo o país, na qual havia, de fato,
muitos casos confirmados de Covid-19.
O governo dos EUA censurou rapidamente as notícias e
reportagens sobre os vazamentos e o fechamento do laboratório. Atualmente, há
cada vez mais pessoas que suspeitam da ligação estreita entre a pandemia de
Covid-19 e o Laboratório Bioquímico de Fort Detrick, e exigem fortemente uma
investigação internacional ao laboratório, que foi recusada pelos EUA.
Carregando sobre si pecados históricos hediondos, e enfrentando a preocupação real da comunidade internacional com a Covid-19, Fort Detrick deve ao mundo uma explicação!