GOVERNADOR FLÁVIO DINO DEIXA O PCdoB: MAIS UM MOVIMENTO À
DIREITA NA FORMAÇÃO DA FRENTE AMPLA BURGUESA PARA AS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS
O governador Flávio Dino acaba de anunciar sua desfiliação do PCdoB. "Informo que pedi desfiliação ao PCdoB. Desejo êxito ao Partido na sua caminhada em defesa de uma Pátria Livre e Justa. Uma grande Frente da Esperança é um vetor decisivo para um novo ciclo de conquistas sociais para o Brasil. A tal tarefa seguirei me dedicando", afirmou o governador maranhense que forma em seu estado uma gerência baseada na “Frente Ampla” que inclui até o PSDB e que elogiou a aproximação de Lula com FHC. Os planos de Dino passam por ser vice na chapa presidencial de Lula, amarrando o golpista PSB a uma coligação eleitoral para 2022 que receberia a chancela da governança global do capital financeiro no Brasil. Por sua vez, o próprio PCdoB tende a integrar em futuro breve uma “federação” com o próprio PSB em torno nome “Os Socialistas”, uma composiçao que já ocorre na prática com o governo de Pernambuco, o mesmo que reprimiu violentamente os protestos dia 29 de Março. Toda essa movimentação (saída de Freixo do PSOL, ida de Dino para o PSB, aproximação de Lula com o PSD de Kassab, conversas do PT com Rodrigo Maia) apontam no caminho de Lula tentar de todas as formas ser o candidato preferencial da burguesia e do imperialismo como alternativa eleitoral viavél a Bolsonaro. A questão a saber é se a Casa Branca vai dar seu "Ok" a este plano da esquerda burguesa...
O ocaso do PCdoB é, sem dúvida, produto da imensa ofensiva ideológica do imperialismo pós-queda do Muro de Berlim e destruição da URSS. Sem qualquer referência política no comunismo, sua atual direção integrou-se de mala e cuia à “democracia” capitalista, deixando de ser um partido estalinista para transformar-se numa legenda de aluguel disponível a qualquer burguês que se interessar em comprá-la.
Nem mesmo o nome “comunismo” espantava a classe dominante, porque não há a menor relação ideológica entre este partido e um programa revolucionário. Os “comunistas” do PCdoB, não é de hoje, sempre estiveram a serviço da burguesia e das oligarquias regionais mais reacionárias, tanto que apoiaram Sarney, Tasso Jereissati, Collor, Jader Barbalho e Renan Calheiros já época da mal-chamada “Nova República”, o que se repete hoje sendo serviçais da Oligarquia Gomes.
A política do PCdoB de aliar-se com as mais diversas frações da burguesia e a defesa das instituições do Estado capitalista não são nenhuma novidade e desnudam a total decomposição moral e política de um partido corrompido ideologicamente, plenamente adaptado ao projeto de colaboração de classes da Frente Popular.
Como a saída de Flávio Dino, a legenda do PCdoB está pagando um alto preço por ser uma verdadeira “prostituta política” da burguesia, perdendo espaço no interior da costura burguesa da Frente Ampla, o que tende a levar sua completa liquidação política, mesmo depois da negociata milionário que fez com a incorporação desesperada do direitista PPL.