segunda-feira, 7 de junho de 2021

LOCKDOWNS INÚTEIS AFUNDAM SETOR DE SERVIÇOS NO BRASIL: O ISOLAMENTO SOCIAL NÃO SERVE PARA “DEFENDER A VIDA”, É UM INSTRUMENTO DO CAPITAL FINANCEIRO PARA ARRASAR A ECONOMIA NACIONAL

O setor de serviços, que corresponde a 73% do PIB, retraiu cerca de 1,0% no primeiro trimestre deste ano. A variação positiva de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano em relação ao último trimestre do ano passado pode até ser comemorada estatisticamente, mas não significa que a economia do Brasil está em trajetória de recuperação ou crescimento. Com a economia destroçada, o desemprego recorde,  os setores que de fato contribuem com a evolução do mercado doméstico continuam operando no negativo. Com peso de 73% na formação do PIB, o setor de serviços está longe de se recuperar: na comparação com o primeiro trimestre de 2020 retraiu 1,0% e teve uma variação quase nula de 0,4% no primeiro trimestre deste ano sobre o trimestre imediatamente anterior.

Embora tenha saído de uma queda de 10,2% no segundo trimestre de 2020, no primeiro trimestre do ano passado a economia já havia sentido os primeiros efeitos da crise econômica gerada pelos bloqueios impostos pela pandemia e os serviços já haviam se retraído em 0,7% com relação a 2019, ou seja, caíram no 1º trimestre de 2021 na comparação com um período que já era de queda. Esse setor depende fundamentalmente da interação entre as pessoas e por isso, sua recuperação é algo absolutamente incerto, ficando refém das “eternas ondas” da pandemia.

A crise sanitária só agravou o quadro de um setor que já vinha estagnado. Com as atividades não essenciais suspensas durante a pandemia, o setor de serviços encontrou grande dificuldade no acesso ao crédito, que foi “empoçado” pelos bancos. Ou seja o capital financeiro é o grande beneficiado dos lockdowns.

Os componentes do setor de serviços com maior participação no PIB, que necessitam da interação social das pessoas, ainda estão bastante deprimidos: o componente de outros serviços (hotelaria, bares, restaurantes, serviços prestados as famílias) embora esteja bem melhor do que a queda de 20,8% registrada no segundo trimestre de 2020, ainda segue em queda de 7,3% com relação ao 1º trimestre de 2020.

A série do PIB trimestral divulgada pelo IBGE, mostra que, no primeiro trimestre, a economia, embora tendo voltado a crescer após a recessão de 2014-16, tem um valor bem inferior ao primeiro trimestre de 2014 e pouco acima do de 2019. Não foi só no PIB do primeiro trimestre que o resultado dos serviços foi desastroso. Em março deste ano, segundo a pesquisa mensal de Serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume do setor caiu 4% ante fevereiro.De acordo com dados do IBGE, o desemprego no país atingiu em abril nível recorde: 14,8 milhões de desempregados entre 33 milhões que estão no subemprego e desalentados.

Uma recuperação econômica que gera emprego, tem de passar necessariamente por uma recuperação do setor de serviços e da indústria. Mas, sobretudo, serviços. O setor de serviços realmente emprega um enorme tecido social e tem uma forte intensidade na economia capitalista. Os bloqueios econômicos e sociais não impedem a circulação do vírus, já que os seres humanos não podem deixar de respirar, tampouco servem para “defender vidas”, já que é cientificamente comprovado que o Confinamento Social diminuiu as defesas do sistema imunológico da população, aumentando desta forma a carga viral existem na sociedade. O Lockdown serve única e exclusivamente ao Grande Reset da economia capitalista, impulsionado pelos organismos do capital financeiro, como o FMI, Fórum de Davos, Banco Mundial e Big Pharma.