terça-feira, 22 de junho de 2021

ENTREVISTA COM A CIENTISTA CHINESA SHI ZHENGLI, VIROLOGISTA-CHEFE DO LABORATÓRIO DE WUHAN: “A AFIRMAÇÃO DE QUE O SARS-CoV-2 VAZOU DE NOSSO INSTITUTO CONTRADIZ TOTALMENTE OS FATOS”

A cientista Shi Zhengli, é a virologista-chefe chinesa do Wuhan Institute of Virology (WIV), que estudou vírus nos últimos 15 anos e identificou dezenas de vírus mortais semelhantes ao SARS. A "insuspeita" revista Science falou com Shi e perguntou sobre a origem do Covid-19 e sua pesquisa pelo laboratório criado em parceria entre a China, os EUA e a França. Ela enviou por e-mail com as respostas a todas as perguntas e declarou: “A afirmação de Trump de que o SARS-CoV-2 vazou de nosso instituto contradiz totalmente os fatos”, disse Shi. “Isso prejudica e afeta nosso trabalho acadêmico e vida pessoal. Ele nos deve um pedido de desculpas.”. Agora a Casa Branca com Biden volta a carga com a mesma ficção reacionária contra a China, reproduzida no Brasil pela Rede Globo.

ENTREVISTA COM SHI ZHENGLI A REVISTA SCIENCE (EM INGLÊS)

Amostras de pacientes que tiveram pneumonia de causas desconhecidas foram enviadas ao seu instituto para teste em 30 de dezembro de 2019. “Antes disso, nunca havíamos entrado em contato ou estudado esse vírus, nem sabíamos de sua existência”, escreveu Shi. Posteriormente, conduzimos pesquisas em paralelo com outras instituições domésticas e rapidamente identificamos o patógeno”, escreveu ela.

Quando o boato de que o vírus vazou de seu laboratório começou a circular, Shi realmente examinou os registros de seu próprio laboratório nos últimos anos para verificar se havia algum manuseio incorreto de materiais experimentais, especialmente durante o descarte, disse ela em um perfil da Scientific American em março de 2020. E nenhuma das sequências do vírus do morcego de seu laboratório foi semelhante ao SARS-CoV-2, disse ela. 

A WIV identificou centenas de vírus de morcego ao longo dos anos, mas nada perto do SARS-CoV-2, disse ela. Recentemente, muita especulação girou em torno do RaTG13, um vírus de morcego que mais se assemelha ao SARS-CoV-2. No entanto, as diferenças nas sequências dos dois vírus sugerem que eles divergiram de um ancestral comum em algum lugar entre 20 e 70 anos atrás. 

Além disso, seu laboratório nunca cultivou RaTG13, tornando um acidente muito menos provável, ela notou. 

A pesquisa atende a regras estritas de biossegurança, disse ela, e o laboratório está sujeito a inspeções periódicas "por uma instituição terceirizada autorizada pelo governo".

Os testes de anticorpos mostraram que nenhum membro da equipe do instituto ou alunos foram infectados com o SARS-CoV-2 ou vírus relacionados ao SARS. 

Dois estudos divulgados no final de janeiro de mostraram que até 45 por cento dos primeiros pacientes confirmados não tinham qualquer vínculo com o mercado de Wuham, disse ela a revista Science.

"O mercado de frutos do mar de Huanan pode ser apenas um local lotado onde um grupo de novos pacientes com coronavírus foi encontrado", declarou Shi.

Ela escreveu para a Science que os pesquisadores do WIV e da Huazhong Agricultural University não encontraram o vírus em amostras de animais de criação e gado coletadas em Wuhan e em outros lugares na província de Hubei.

A especialista acrescentou que o coronavírus do morcego, que é semelhante ao SARS-COV-2, nunca foi encontrado em Hubei, o que a leva a acreditar que a transmissão humano ocorreu em outro lugar, colocando a abaixo a farsa montada pela Casa Branca e replicada no Brasil pela Rede Globo para atacar a China e livrar a responsabilidade das pesquisas de guerra biológica promovida pela Fort Detrick nos EUA.

Os Estados Unidos são o país que mais investiu fundos estatais e recursos militares em pesquisas de armas biológicas, sempre com o título de “biodefesa”. Isso inclui a manipulação genética  de vírus e bactérias para torná-los mais infecciosos para os humanos, supostamente em busca de vacinas ou antídotos contra eles, mas na realidade uma preparação para uma guerra contra adversários, seja híbrida ou convencional. Somente os idiotas da esquerda reformista acreditam que os laboratórios de segurança estratégica dos EUA existem para proteger a “vida da humanidade”. 

A manipulação genética de qualquer vírus, através do cruzamento genético do DNA ou RNA dos patógenos, já e algo relativamente simples e para os cientistas do Pentágono, e também não é mais segredo para nenhum estudioso em biogenética. O Blog da LBI alerta que afirmar que a existência da manipulação genética dos vírus em laboratórios é uma “teoria da conspiração”, é uma tese risível para qualquer especialista nesta questão, como as pesquisas nos laboratórios militares ianques pelo mundo comprovam.