sábado, 19 de junho de 2021

BALANÇO INICIAL DO 19J: PROTESTOS MASSIVOS TEM COMO MÓVEL A POLÍTICA DA OPOSIÇÃO BURGUESA DE SANGRAR BOLSONARO SEGUINDO O "TIME" DO CALENDÁRIO ELEITORAL

Rio de Janeiro e São Paulo foram os locais que mais afluíram massivamente o protesto deste sábado (19 de Junho) contra o governo Bolsonaro. Apesar da ampla cobertura da Rede Globo, simpática dede o começo do dia às manifestações de desgaste do gerente neofascista, os atos que tiveram importante participação principalmente de setores da classe média e da juvetude, não se constituíram em um catalizador do ódio operário-popular mais generalizado contra o governo, justamente porque sua pauta sanitária estava descolada dos problemas reais do povo trabalhador. Se bem que milhares saíram as ruas contra o “genocida” (500 mil mortos carimbadas como Covid-19) o clima de arrastar a crise do governo federal até as eleições de 2022, sangrando Bolsonaro para no curso da disputa eleitoral encontrar um nome de consenso das classes dominantes, foi o centro da estratégia política da Frente Popular (PT, PCdoB e PSOL). Com essas manifestações ordeiras e pacíficas esses partidos junto com a CUT e CTB esperam construir uma ampla frente burguesa “democrática” de oposição a Bolsonaro encabeçada por Lula, que teria o apoio no segundo turno, inclusive neoliberais e golpistas como o PSDB de FHC. Não por acaso, os protestos estão em sintonia completa e direta com o passo a passo da CPI no Senado, que deve seguir no segundo semestre com seu show midiático voltado a minar as bases sociais e eleitorais do governo Bolsonaro, servindo esses atos para dar cobertura “popular” as manobras parlamentares da classe dominante até as eleições de 2022.