quarta-feira, 30 de junho de 2021

DESEMPREGO BATE RECORDE DE 14,7% NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2021: ORGANIZAR A GREVE GERAL AO INVÉS DOS ATOS DO IMPEACHMENT DA REDE GLOBO E OPOSIÇÃO BURGUESA

Mais 489 mil trabalhadores passaram para a fila do desemprego. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o número de desempregados cresceu 15,2%, ou em mais 1,9 milhão de pessoas, segundo a Pnad Contínua do IBGE. No trimestre encerrado em abril de 2021, 14,8 milhões de pessoas estavam procurando emprego sem encontrar, informou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) divulgada na manhã desta quarta-feira (30/06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Assim, a taxa de desocupação medida pela pesquisa, usada para avaliar o índice de desemprego no país, se manteve no nível recorde da série histórica da Pnad: 14,7% da população. No trimestre móvel anterior (novembro a janeiro) a taxa era de 14,2%; já no mesmo período do ano passado, o desemprego era medido em 12,6%. Os dados da pesquisa contrariam a propaganda do governo neofascista de que a economia do país, apesar da pandemia e do lockdown, apresenta resiliência e está em trajetória de recuperação.Tanto a taxa de desocupação, quanto o número de trabalhadores brasileiros desempregados é recorde histórico.

Os números observados pelo IBGE mostram que, à medida que a desocupação cresce, a ocupação cai. Entre fevereiro e abril deste ano, o período mais agudo da pandemia em termos de casos e mortes por Covid-19, o contingente de brasileiros ocupados era de 85,9 milhões de pessoas, uma queda de 3,7% sobre o mesmo período de 2020 (menos 3,3 milhões de pessoas).Esse número considerado em termos de taxa de ocupação ficou em 48,5%, o que significa que menos da metade da população brasileira em idade de trabalhar, está empregada.Quando adicionados os trabalhadores subutilizados e desalentados, o quadro do país se torna ainda mais dramático.

A taxa composta de subutilização, que inclui desempregados, subutilizados e pessoas que não procuraram trabalho por diversos motivos no período da pesquisa – alcançou 29,7% da força potencial de trabalho do país. Esta população, em números, representa 33,3 milhões de pessoas e cresceu 2,7% ante o trimestre anterior e 16% ante o mesmo trimestre de 2020. A população fora da força de trabalho atingiu, no período, 76,4 milhões de pessoas (um acréscimo de 5,5 milhões em um ano).

O quadro brasileiro do desemprego, sub-emprego (precarizados) e trabalhadores autônomos informais, representa uma verdadeira praga no país, que vem levando milhares de nossos irmãos para a miséria crescente, fome e morte por inanição e doenças crônicas sem tratamento algum. Porém a esquerda reformista, domesticada pelo capital financeiro, só tem foco nas próximas eleições e na pauta de reivindicações imposta pelas corporações imperialistas da Big Pharma e pela mídia corporativa da burguesia. A pandemia do coronavírus parece ser o único móvel político para render votos para essa esquerda corrupta e ávida por cargos no parlamento e na estrutura do Estado burguês. Entretanto no mundo real dos trabalhadores brasileiros, os que recebem um salário miserável ou estão desempregados, a ameaça real a suas vidas é a miséria e a fome, muito mais além do vírus gripal, que tem levado a óbitos uma pequena parcela da população, enquanto a inanição, tuberculose e doenças crônicas não tratadas (por falta de recursos e atendimento precário do SUS) foram responsáveis por mais de 2 milhões de mortes somente no primeiro semestre de 2021. É necessário sair do mundo “fictício” da Rede Globo, com seus atos por mais vacinas e impeachment, e organizar já uma poderosa greve geral, paralisando a produção e impondo uma combativa pauta de reivindicações do proletariado, e não da famiglia Marinho!