BANCO CENTRAL DE CUBA SUSPENDE DEPÓSITOS EM DÓLARES NORTE-AMERICANOS: NÃO AO BLOQUEIO ECONÔMICO DO IMPERIALSIMO IANQUE
Bancos e instituições financeiras cubanos vão deixar de aceitar depósitos em dólares dos EUA a partir de 21 de junho devido às sanções norte-americanas, informou nesta quinta-feira (10) o Banco Central cubano. "Ante os obstáculos que o bloqueio econômico dos EUA impôs para que o sistema bancário nacional possa depositar no exterior o efetivo em dólares norte-americanos recolhido no país, foi tomada a decisão de parar temporariamente a aceitação de notas dessa moeda no sistema bancário e financeiro cubano", segundo o comunicado do Banco Central de Cuba (BCC). De acordo com este, a medida não vai afetar as operações envolvendo transferências ou depósitos em dinheiro de outras moedas livremente convertíveis aceitas em Cuba.
O BCC explicou que se trata de uma medida protetora do sistema bancário e financeiro nacional devido às restrições impostas pelo bloqueio econômico, comercial e financeiro por parte de Washington. A duração da medida vai depender da suspensão das restrições pela Casa Branca, de acordo com o banco.
A taxa de câmbio oficial é de 24 pesos cubanos por dólar,
mas os bancos reconheceram publicamente que não cambiam a moeda por esta taxa.
No mercado negro, a população cubana troca 1 dólar por 60 pesos.
A diferença entre as taxas de câmbio oficial e não oficial
aumentou significativamente nas últimas semanas, especialmente após o montante
máximo de câmbio ter sido limitado a US$ 300 (R$ 1.520) nos serviços de câmbio
nos aeroportos – únicas entidades que prestavam o serviço no mês passado.
As contínuas medidas punitivas dos Estados Unidos, que
enfraqueceram bastante o peso cubano, criaram distorções entre as taxas
públicas e do mercado negro, disparidade que atingiu principalmente os
funcionários públicos que recebem mais em moeda nacional.
“Isso ocorre quando o dólar americano no mercado negro
cubano disparou nos últimos meses para cerca de 70 pesos cubanos,
aproximadamente três vezes a taxa de câmbio oficial de 24 pesos”, segundo o
jornal The Miami Herald, que coleta diariamente os valores de o dólar no
mercado ilegal.
O vice-presidente do Banco Central, Yamile Berra Cires, citou
como parte da justificativa para a medida drástica que cerca de duas dezenas de
bancos pararam seus negócios com a ilha como resultado das sanções americanas
do governo Trump anterior que Biden fez mantido. "A medida é necessária
para proteger o sistema financeiro local."
Hoje, o bloqueio é usado como fonte de forte pressão para
impor dificuldades econômicas ao povo cubano e, ao mesmo tempo, serve de
chantagem para o incremento da abertura capitalista por parte da direção do
PCC, opositora do programa trotskista da revolução permanente.
Desde a trincheira de luta da defesa do Estado operário
cubano e das nações oprimidas, fazemos o combate programático e político pela
construção nestes países de uma autêntica direção revolucionária para o
proletariado pela via da revolução política no Estado operário deformado cubano.