NÃO A PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS! ROMPER COM A PARALISIA DAS DIREÇÕES SINDICAIS E CONVOCAR A GREVE NACIONAL DOS ELETRICITÁRIOS!
O Senado vota nesta quinta-feira (17) a MP que privatiza a Eletrobras. Atualmente, a União possui cerca de 60% das ações da estatal, mas, com a proposta do Legislativo, deve reduzir a participação na empresa para 45%. O relator da MP da privatização da Eletrobras no Senado, Marcos Rogério (DEM-RO), publicou novo parecer nesta quinta-feira, alterando por exemplo questões relacionadas à construção compulsória de térmicas a gás. Com a MP, o governo, que é o acionista majoritário, pretende se desfazer das ações da estatal através de oferta pública, diluindo a participação da União a uma fatia próxima de 45%. A União tem 42,57% das ações ordinárias (com direito a voto) da Eletrobrás. O BNDES e o BNDESPar detêm 13,79%, e fundos de governo ficam com 2,97%.
No novo documento, cuja votação é prevista para esta
quinta-feira, foi mantida a previsão da contratação obrigatória de 6.000 MW de
capacidade instalada de termelétricas a gás natural. Tais contratações de
térmicas, entretanto, não têm relação direta com a privatização. O relator
agora prevê a instalação de 1.000 MW em térmicas na região Sudeste, indicando
que parte das unidades em Estados produtores de gás. Mas o texto ainda prevê
expansão da geração de energia elétrica por fonte a gás natural, com 1.000 MW
na região do Nordeste nas regiões metropolitanas das Unidades da Federação que
não possuam na sua capital ponto de suprimento de gás natural.
A privatização da Eletrobrás é uma das metas do ministro
rentista Paulo Guedes à frente da equipe econômica do governo Bolsonaro. No ano
passado tentou, em meio à discussão das medidas para conter o avanço da
pandemia da Covid-19, passar sua proposta de venda da estatal. A proposta foi
rejeitada, nem entrou em discussão, assim como todas as outras tentativas de
aprovar no Congresso, através de projeto de lei, esse ato criminoso contra o
patrimônio estatal.
De acordo com trabalhadores da estatal , se vingar a
privatização da Eletrobrás, o Brasil será o único país do mundo a vender as
suas hidrelétricas. É urgente organizar e deflagrar a greve geral dos
trabalhadores das empresas públicas, unificando todos os segmentos da classe
operária que estão sob a ameaça direta da privatização!