quinta-feira, 10 de junho de 2021

“ECONOMIA POPULAR COM MERCADO”: ESSE É O PROGRAMA ECONÔMICO CAPITALISTA DO FUTURO GOVERNO DE COLABORAÇÃO DE CLASSES DE PEDRO CASTILLO

“Substituir o modelo neoliberal ou Economia Social de Mercado por uma proposta que chamamos Economia Popular com Mercado”. Com essa fórmula econômica capitalista, o futuro governo do “Perú Libre” vai propor um pacto social entre as classes, como fez Lula em 2002, para assumir a gerência estatal dos negócios da burguesia no país irmão. A demora da decretação oficial do resultado final das eleições presidenciais peruanas é justamente para acertar os detalhes e condições de como será a composição do gabinete para a gerência da crise capitalista.

“O livre empreendimento não só pode ser privado, mas também deve ser público”. Trata-se da velha fórmula social-democrata que apenas oferece o Estado como indutor dos negócios da burguesia, preservando as alavancas econômicas capitalistas e desenvolvendo políticas compensatórias para atender micro-demandas populares sem romper com o jugo imperialista e expropriar a classe dominante. 

Esse é o grande objetivo do governo de Castilho: estabilizar o regime político em bancarrota e amortecer a luta de classes em meio a profunda crise econômica que sacode o país. O governo de Pedro Castillo será marcado por crises permanentes, diante das profundas ilusões das massas que ele irá enfrentar o grande capital, o que obviamente não ocorrerá. 

Como ocorreu com o retorno do MAS a presidência da Bolívia com Arce e na volta de Lula (PT) a corrida presidencial no Brasil com chances de vitória em 2022, a esquerda burguesa no continente latino-americano irá ocupar a cadeira presidencial no Peru, mas seguirá a risca as ordens de seu verdadeiros chefes, os amos imperialistas. 

Cabe ao movimento de massas partir para a ofensiva e impor com seus próprios métodos de luta uma alternativa de poder dos trabalhadores.