quinta-feira, 10 de junho de 2021

“MUY AMIGO!”: BIDEN COMPRA 500 MILHÕES DE DOSES DA PFIZER PARA EUA FAZERAM “DOACÕES” PELO MUNDO A FIM DE AVANÇAREM EM SEU CONTROLE GEOPOLÍTICO

Nesta quarta-feira (9), a farmacêutica norte-americana Pfizer e seu parceiro alemão BioNTech anunciaram ter acordado entregar ao governo dos EUA 500 milhões de doses de sua vacina contra o coronavírus para “doação” aos países pobres durante os próximos dois anos. Anteriormente, The Washinton Post informou que o presidente norte-americano Joe Biden deve anunciar o plano de doação de vacinas ao mundo na reunião do G7 no Reino Unido. As duas farmacêuticas vão entregar 200 milhões de doses em 2021 e mais 300 milhões de doses na primeira metade de 2022, vacinas que os EUA vão então distribuir por 92 países de menor renda e à União Africana. “Nossa parceria com o governo dos EUA vai ajudar a fornecer milhões de doses de nossa vacina aos países mais pobres em todo o mundo o mais rápido possível”, disse o CEO da Pfizer, Albert Bourla. As doses serão fornecidas sem fins lucrativos, de acordo com ele. Como o imperialismo ianque têm contratos suficientes com todos os grandes fabricantes de vacinas para imunizar toda a sua população e, possivelmente, o suficiente até para reforçar a vacinação futuramente com uma terceira dose vai aproveitar a falta de vacina pelo mundo para avançar em seu controle geopolítico, além de promover nas suas “colônias” testes como cobaias da Big Pharma. Em resumo, Biden é “muy amigo!”

Por sua vez trata-se de um grande negócio em curso bancado pela Casa Branca. A vacina contra o coronavírus da Pfizer já é a primeira droga com maior projeção na geração de receita no mundo, inclusive se comparada a outras “commoditys” do mercado mundial do comércio. Entretanto a corporação farmacêutica planeja torná-la uma fonte de receita ainda maior e perante quando a pandemia terminar. A revista Forbes e a FiercePharma, garantem que a multinacional “obterá maior preço” assim que a pandemia diminuir e “não estaremos mais em um ambiente de preços sob supervisão pandêmica”. 

Só este ano, a corporação imperialista espera vendas no valor de cerca de US$150 bilhões com base nos atuais contratos nacionais extorsivos para sua vacina contra o coronavírus, mas esse número ainda pode dobrar, já que a Pfizer diz que pode fornecer 2 bilhões de doses este ano, aumentando sua capacidade industrial, através da instalação de fábricas em países periféricos, como a Índia. Segundo a Forbes, a multinacional estabelecerá um preço 3 ou 4 vezes superior aos US $ 19,50 que cobra atualmente do governo dos Estados Unidos, chegando até mesmo a US$156 por dose, na chantagem de certos países. 

A Pfizer baseia o preço atual de suas vacinas na necessidade dos governos nacionais garantirem a distribuição das doses para uma população aterrorizada pela mídia corporativa. Quanto mais mortes e terror sanitário mais lucro, mas desgraçadamente esse “link” não é feito pela esquerda, que atua como garota propaganda da Big Pharma. A empresa norte-americana divide os lucros em 50 por cento com seu parceiro alemão Biontech, um acordo de “Primeiro Mundo”. 

Como parte da Operação “Warp Speed”, a Pfizer concordou em fornecer ao governo dos EUA um lote inicial de 100 milhões de doses de sua vacina por um preço “simbólico” de US$1,95 bilhão, para que os norte-americanos pudessem receber a vacina “gratuitamente”, do governo Biden. O contrato inicial da Pfizer incluía uma opção futura para o governo comprar até 500 milhões de doses a mais por US$19,50 por dose.  Esse número está bem abaixo dos US $150 a por dose que a farmacêutica normalmente receberá com sua vacina de outros países, através da assinatura de contratos literalmente secretos. Em completa desproporção com o preço da vacina AstraZeneca, de US$4 por dose. Os executivos da Pfizer divulgaram uma estimativa de vendas de US$150 bilhões como parte dos planos da multinacional para este ano, com base nas doses a serem entregues sob contratos firmados. Só para ter uma noção da potência desta cifra da Pfizer, todas as reservas cambiais do Brasil estão na ordem de 300 bilhões de dólares, isto dito antes da pandemia é claro. 

Conforme a demanda por sua vacina contra o coronavírus diminuir, a empresa pode manter a mesma lucratividade significativa, cobrando preços mais altos e aplicando doses de reforço de rotina para novas variantes do vírus, disse o CEO da Pfizer, Albert Bourla. Daí o alarde pela mídia, das perigosas “variantes”, ser uma pauta permanente. Durante a “Barclays Global Health Conference”, um executivo da Pfizer afirmou que a empresa não vê a vacina contra o coronavírus como um evento único, mas como "algo que continuará no futuro previsível". A Pfizer já lançou um estudo sobre uma terceira dose da vacina para lidar com as variantes, pediu reforços anuais e disse aos investidores financeiros para esperar um fluxo de receita por várias décadas, como ocorreu com as vacinas de pouquíssima eficiência contra a gripe. "Todos os anos você precisa tomar uma vacina contra a gripe. O mesmo acontecerá com a Covid”, afirmou Albert Bourla.