COMITÊ DE SOLIDARIEDADE A CUBA PERGUNTA: A ILHA USA
CLOROQUINA CONTRA COVID-19?
Ministro de Saúde de Cuba, José Angel Portal Miranda |
Combate à Covid-19 é prioridade em Cuba
"Cuba tem mais de 200 pesquisas no âmbito nacional para enfrentar o SARS-CoV-2 entre intervenções, estudos e ensaios clínicos. Há um esforço conjunto entre o governo e instituições científicas, para enfrentar a pandemia da forma mais eficaz possível. Uma prioridade particular tem sido para os cientistas cubanos encontrar o tratamento mais eficaz para esta doença. Outras prioridades têm sido a vigilância sanitária, as investigações ativas e o diagnóstico. Mas, sem dúvida, o desenho do protocolo foi um exercício acadêmico e científico que nos permitiu aprender-fazendo e modificar-trabalhando ”.
94% dos doentes são recuperados
"O protocolo cubano integra em si o conhecimento isolado que os demais países possuem. Inclui vigilância, diagnóstico, terapia e convalescença, tendo em vista que o país recupera mais de 94% das pessoas que contraíram o vírus".
Estratégia Nacional
"O protocolo cubano de gestão clínica é fruto de intensas jornadas de trabalho e da contribuição de múltiplas instituições, e embora tenha um caráter nacional, 'não é uma camisa de força', mas está adaptado às condições clínicas do paciente, uma ferramenta evolutiva, porque tem se desenvolvido à medida em que avança o conhecimento sobre a doença, em Cuba e em outros países".
Como é o tratamento
"O protocolo cubano inclui três componentes: gestão preventiva, gestão terapêutica e gestão de convalescença".
"O tratamento recebido pelos pacientes confirmados com COVID-19 em Cuba tem o seguinte manejo terapêutico:
- Obter um efeito antiviral e para isso se usa interferons e outras drogas antivirais já comprovadas em Cuba e em outros países;
- neutralizar a tempestade de citocinas;
- tratar
oportunamente as complicações;
- manter as doenças de base estabilizadas".
"O cumprimento desses objetivos é buscado simultaneamente, não em etapas".
"Na primeira semana de doença, a ênfase é dada às medidas antivirais e, na segunda, busca-se o efeito mais específico do imunomodulador".
"Pacientes que não apresentam sintomas são tratados com monoterapia, usando interferon-alfa 2b e Heberferon, juntamente com vigilância clínica rigorosa. No caso de pacientes sintomáticos, estes contam com um pacote de tratamento, adequado às demandas específicas de cada paciente".
"São usados interferons, cloroquina e kaletra. Estes medicamentos não são usados como monoterapia, mas são usados em combinação".
A cloroquina é usada com moderação em Cuba
"No começo da epidemia se atribuiu à cloroquina efeitos antivirais e imunomoduladores. Em Cuba não havia dúvidas sobre este segundo efeito, já que é usada em doenças como o lúpus, mas a respeito dos efeitos antivirais não havia evidências científicas. Por esse motivo, foi utilizada metade das doses inicialmente propostas pelas recomendações internacionais, para evitar que os pacientes apresentassem reações adversas. A cloroquina é usada com moderação em Cuba".
Aplicação de vários medicamentos
"Diferentes tipos de antibióticos, esteroides, heparina, eritropoetina, surfacen, CIGB-258, transfusão de plasma, entre outros, também foram incorporados ao tratamento".
"Os resultados que Cuba exibe no atendimento ao
paciente não é fruto de um único medicamento, mas da aplicação de todo o
pacote, que inclui a sensibilidade dos médicos. Os números apresentados por
Cuba também mostram a eficácia da estratégia epidemiológica que contempla o
isolamento de contatos, suspeitos e internação oportuna com o início do
tratamento, bem como o desenvolvimento da biotecnologia cubana e a estreita
relação entre cientistas e intensivistas. Muitos pacientes cubanos receberam
interferons desde o primeiro momento e os resultados foram muito satisfatórios.
Destaca-se também o uso do CIGB-258 e do itolizumabe que nos permitem estar à frente do surgimento
da tempestade de citocinas."