quinta-feira, 3 de junho de 2021

ALTO COMANDO DO EXÉRCITO DECIDE MANTER O GOVERNO BOLSONARO ATÉ ÀS ELEIÇÕES DE 2022: PUNIÇÃO A PAZUELLO SIGNIFICARIA UM SINAL VERDE AO IMPEACHMENT AINDA ESTE ANO

O comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, anunciou que não irá punir o general e ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, por ter participado de manifestação com Bolsonaro no último dia 23 de maio, afirmando que entende que não foram transgredidas as normas do Estatuto das Forças Armadas e do Regulamento Disciplinar do Exército. “O Comandante do Exército analisou e acolheu os argumentos apresentados por escrito e sustentados oralmente pelo referido oficial-general”, declara a nota do Centro de Comunicação Social do Exército. Bolsonaro, como os outros presidente da República que o antecederam, detém o título constitucional de comandante em chefe das Forças Armadas. Uma possível punição ao general Pazuello convocado pelo presidente a participar de uma ação política, significaria na prática uma punição ao próprio Bolsonaro, o que subverteria completamente a ordem constitucional brasileira. Caso ocorresse a punição, por iniciativa do Alto Comando, o governo Bolsonaro estaria irremediavelmente com os dias contados, teria que ser deposto por um golpe instrucional (via impeachment), seguindo o mesmo script do que ocorreu com a presidente Dilma. Entretanto essa não é a política do imperialismo e tampouco da famiglia Marinho (timoneira da burguesia nacional), apesar do “estardalhaço” midiático feito pelo consórcio mafioso dos barões da comunicação, a posição da Casa Branca e da Rede Globo (isso inclui todo o arco da oposição burguesa parlamentar) é sangrar Bolsonaro até 2022, mantendo o neofascista no Planalto para que seu governo avance mais no processo de privatizações das estatais, e conclua a compra trilionária das vacinas da Big Pharma, estourando assim a Dívida Pública, que tornará o país em um mero departamento creditício da governança global do capital financeiro.  Para os “democratas” que defendem o suposto “Estado de Direito”, fica difícil entender sua defesa para que Bolsonaro perdesse a função constitucional de Chefe Supremo das Forças Armadas do Brasil. O comandante do Exército, General Paulo Sérgio, avaliou constitucionalmente o cenário, caso punisse Pazuello, teria também que punir Bolsonaro, e aí sim o golpe da subversão jurídica da carta magna do país estaria instalado. Para os reformistas que sonham com o retorno da Frente Popular ao governo central, deveriam botar as “barbas de molho”, porque tirar agora de Bolsonaro a prerrogativa de comandar as Forças Armadas, corresponde a retirar essa mesma prerrogativa de Lula, caso vença as próximas eleições presidenciais. O que ainda é pior, a função constitucional de chefiar a segurança castrense do país, passaria para as mãos da Famiglia Marinho, que decidiria pelas páginas de sua poderosa mídia as futuras punições aos generais, brigadeiros e almirantes, e não mais o presidente da república. Para os Marxistas Leninistas, Bolsonaro, e toda a cúpula fascista das Forças Armadas, deve ser derrubada pela via da ação revolucionária das massas, e não pela mãos do imperialismo e seus representantes do capital financeiro no Brasil.