segunda-feira, 2 de agosto de 2021

EUA, INGLATERRA E ISRAEL ARMAM PROVOCAÇÃO CONTRA IRÃ: REGIME DOS AIATOLÁS NEGA ACUSAÇÕES DE ATAQUE A PETROLEIRO E DENUNCIA OFENSIVA IMPERIALISTA

O Governo do Irã negou no domingo as acusações israelenses de envolvimento no ataque ao petroleiro "Mercer Street" ocorrido na costa de Omã e rejeitou as constantes acusações falsas do regime sionista. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Said Jatibzade, destacou que "O regime ilegítimo de ocupação israelense deve parar com suas falsas acusações. Esta não é a primeira vez que faz tais acusações contra a República Islâmica do Irã", disse ele ao apontar que, com essas acusações infundadas, Israel pretende desviar a atenção dos fatos e orquestrar uma ofensiva militar contra Teerã.

O porta-voz do regime dos Aiatolás deixou claro, a partir das ameaças ocorridas nos dias anteriores, que “a República Islâmica do Irã não hesita um momento em proteger os valiosos interesses do povo iraniano e sua própria segurança nacional”.

O exército britânico informou na sexta-feira passada que o petroleito Mercer Street foi supostamente atacado a nordeste da ilha de Masirah, em Omã, a mais de 300 quilômetros a sudeste da capital do país, Muscat.

A embarcação é operada pela empresa londrina Zodiac Maritime, que faz parte do grupo Zodiac, de propriedade do bilionário israelense Eyal Ofer.

Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, acusou o Irã de realizar o ataque e acrescentou que "este país não é apenas um problema israelense, mas um exportador de terrorismo, destruição e instabilidade que está prejudicando a todos nós".

No entanto, o primeiro a relatar o ataque foi o grupo de Operações Marítimas Comerciais do Reino Unido (UKMTO). Em breve comunicado, a agência anunciou que está sendo realizada uma investigação a esse respeito e, ao contrário do que foi comunicado pela empresa Zodiac Maritime, descartou que o incidente estivesse relacionado à pirataria.

A notícia surge em meio a tensões entre Israel e Irã, enquanto as negociações para reviver o acordo nuclear de 2015 entre Teerã e potências ocidentais, cuja retomada é criticada por Tel Aviv, estão suspensas.

Tel Aviv teria recebido "luz verde" de Washington e Londres para retaliar o Irã após o incidente no mar Arábico, atribuído pelos três países à República Islâmica, revelou no domingo (1º) o portal israelense Kan.

De acordo com a mídia, as autoridades israelenses estão discutindo como e quando responder, tendo entre possíveis alvos um porto iraniano ou um navio militar.

Israel também planeja compartilhar informações de inteligência adicionais com outros países da região para "condenar" o Irã.

O portal assinala entretanto que Tel Aviv acredita que as mortes de dois tripulantes do navio no ataque não foram intencionais.

O governo israelense disse anteriormente que possuía evidências do envolvimento iraniano no ataque. Tel Aviv recebeu apoio dos EUA e Reino Unido, com o secretário de Estado dos EUA Antony Blinken prometendo uma "resposta apropriada". 

Segundo ele, o Irã supostamente usou um "VANT explosivo descartável" para atacar o navio. Teerã rejeitou as alegações de seu suposto envolvimento, condenando as acusações. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Saeed Khatibzadeh, afirmou neste domingo (1º) que Israel está criando um ambiente de insegurança, terror e violência.

Duas pessoas morreram no incidente. Segundo informações, teriam sido o capitão, um cidadão romeno, e um segurança britânico, mortos em uma farsa montada pelo consórcio imperialista-sionista contra o Irã, que deve ser repudiado.