EUA, INGLATERRA E ISRAEL ARMAM PROVOCAÇÃO CONTRA IRÃ:
REGIME DOS AIATOLÁS NEGA ACUSAÇÕES DE ATAQUE A PETROLEIRO E DENUNCIA OFENSIVA IMPERIALISTA
O Governo do Irã negou no domingo as acusações israelenses de envolvimento no ataque ao petroleiro "Mercer Street" ocorrido na costa de Omã e rejeitou as constantes acusações falsas do regime sionista. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Said Jatibzade, destacou que "O regime ilegítimo de ocupação israelense deve parar com suas falsas acusações. Esta não é a primeira vez que faz tais acusações contra a República Islâmica do Irã", disse ele ao apontar que, com essas acusações infundadas, Israel pretende desviar a atenção dos fatos e orquestrar uma ofensiva militar contra Teerã.
O porta-voz do regime dos Aiatolás deixou claro, a partir das ameaças ocorridas nos dias anteriores, que “a República Islâmica do Irã não hesita um momento em proteger os valiosos interesses do povo iraniano e sua própria segurança nacional”.
O exército britânico informou na sexta-feira passada que o petroleito Mercer
Street foi supostamente atacado a nordeste da ilha de Masirah, em Omã, a mais de 300
quilômetros a sudeste da capital do país, Muscat.
A embarcação é operada pela empresa londrina Zodiac
Maritime, que faz parte do grupo Zodiac, de propriedade do bilionário israelense
Eyal Ofer.
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores de Israel,
Yair Lapid, acusou o Irã de realizar o ataque e acrescentou que "este país
não é apenas um problema israelense, mas um exportador de terrorismo,
destruição e instabilidade que está prejudicando a todos nós".
No entanto, o primeiro a relatar o ataque foi o grupo de
Operações Marítimas Comerciais do Reino Unido (UKMTO). Em breve comunicado, a agência anunciou que
está sendo realizada uma investigação a esse respeito e, ao contrário do que
foi comunicado pela empresa Zodiac Maritime, descartou que o incidente
estivesse relacionado à pirataria.
A notícia surge em meio a tensões entre Israel e Irã,
enquanto as negociações para reviver o acordo nuclear de 2015 entre Teerã e
potências ocidentais, cuja retomada é criticada por Tel Aviv, estão suspensas.
Tel Aviv teria recebido "luz verde" de Washington
e Londres para retaliar o Irã após o incidente no mar Arábico, atribuído pelos
três países à República Islâmica, revelou no domingo (1º) o portal israelense
Kan.
De acordo com a mídia, as autoridades israelenses estão discutindo como e quando responder, tendo entre possíveis alvos um porto iraniano ou um navio militar.
Israel também planeja compartilhar informações de
inteligência adicionais com outros países da região para "condenar" o
Irã.
O portal assinala entretanto que Tel Aviv acredita que as mortes de dois tripulantes do navio no ataque não foram intencionais.
O governo israelense disse anteriormente que possuía evidências do envolvimento iraniano no ataque. Tel Aviv recebeu apoio dos EUA e Reino Unido, com o secretário de Estado dos EUA Antony Blinken prometendo uma "resposta apropriada".
Segundo ele, o Irã supostamente usou um "VANT explosivo descartável" para atacar o navio. Teerã rejeitou as alegações de seu suposto envolvimento, condenando as acusações. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Saeed Khatibzadeh, afirmou neste domingo (1º) que Israel está criando um ambiente de insegurança, terror e violência.
Duas pessoas morreram no incidente. Segundo informações, teriam sido o capitão, um cidadão romeno, e um segurança britânico, mortos em uma farsa montada pelo consórcio imperialista-sionista contra o Irã, que deve ser repudiado.