terça-feira, 4 de maio de 2021

LULA COM FREIXO EM BRASÍLIA: ENCONTRO PARA DISCUTIR A ALIANÇA ELEITORAL ENTRE PT E PSOL EM 2022 COMO PARTE DA ARTICULAÇÃO DA FRENTE AMPLA BURGUESA

Lula está em Brasília costurando a Frente Ampla burguesa. Em seu perfil oficial do Instagram, o ex-presidente publicou um encontro com o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL). Na legenda da foto, Lula afirma que “conversou sobre o futuro do Rio de Janeiro e do Brasil” em um claro aviso da aliança para 2022. Lula ainda deve falar com integrantes da cúpula do MDB, como José Sarney, além de embaixadores e senadores como Fabiano Contarato (Rede-ES) e Weverton Rocha (PDT-MA) Em suas articulações, Lula também quer estreitar a relação com o PSB, partido considerado prioridade na formação do palanque para 2022. A costura da frente ampla burguesa para 2022 está na ordem do dia para o PT tentar formar a “chapa dos sonhos” do grande capital. 

Lembremos que em abril Freixo anunciou que defende o apoio do PSOL a candidatura Lula (PT) para presidente e ainda prega a aliança eleitoral com Ciro Gomes para constituir uma frente ampla burguesa para 2022. A principal “estrela” do PSOL defende que seu partido seja um “puxadinho” do PT e vai além: quer construir uma ampla frente burguesa para a disputa nacional e nos estados, o que incluiria a busca do apoio da Oligarquia Gomes (PDT) e de golpistas do DEM como Paes e Maia. Se o PSOL não topar, Freixo pode migrar para outro partido...

Por sua vez, o pestista sabe bem que a orientação política geral do imperialismo ianque para o Brasil é isolar Bolsonaro e Moro (lixo já descartado do entulho golpista), colocando-o novamente no jogo eleitoral. Entretanto esta “jogada” no tabuleiro do xadrez político, ainda está muito longe de significar uma decisão do imperialismo em reempossar Lula no Planalto.

Corresponde no momento ao início de uma ação mais enérgica da governança do capital financeiro indicando que não aceitarão mais um mandato do presidente neofascista, repetindo desta forma o caminho já trilhado nos EUA. O PT e seu arco de apêndices (PSOL, PCdoB, PSOL, PCO) agora tem a função principal da contenção do movimento de massas diante da profunda crise capitalista, que tem a pandemia como uma tentativa de “escape” para o Grande Reset da economia. Porém isso não significa que o rentismo internacional tenha se inclinado para uma vitória de Lula em 2022. 

Quando a elite financeira chegar a uma decisão consensual sobre quem “coroar” nas próximas eleições (assim como optaram por Bolsonaro em 2018), muito provavelmente o PT será novamente colocado em segundo, assumindo somente uma pequena parcela na gerência do Estado capitalista, enfim mantendo sua estratégia posição de “camisa de força” do movimento de massas. 

Em resumo, a jogada do imperialismo não deixa dúvidas que se trata de mais um lance no tabuleiro do xadrez político da conjuntura nacional, onde o comando geral é “cercar e sangrar” (agora até utilizando Lula) o gerente neofascista do Planalto, “elegendo” Bolsonaro como a representação do “satanás no Brasil”, enquanto os maiores genocidas da governança global do capital financeiro, vão promovendo o Grande Reset da economia capitalista, tentado evitar a rebelião popular diante do colapso do atual modo de produção da burguesia. 

Na verdade é a governança do rentismo internacional a maior criminosa do planeta, inflando uma “oportuna” pandemia para eliminar uma parte da população considerada “não produtiva”, negando aos mais necessitados e infectados a possibilidade de tratamento preventivo contra a Covid. Estes abutres da Big Pharma e mídia corporativa são os genuínos negacionistas! 

Para a esquerda domesticada que tem seu foco girado totalmente para as eleições de 2022, nada melhor para promover sua demagogia eleitoreira, do que a existência de gerente de extrema direita, que atuando como uma “escada” para o Centro Civilizatório do capital financeiro, denigre qualquer tentativa séria de se estancar o mais rapidamente possível esta covarde sindemia contra a população mais carente do planeta.

De fato, com a atual política de integrar o chamado "centro civilizatório" que apoia o programa ditado pelo OMS (lockdown, vacina e testes, tripé do famoso "fique em casa" para paralisar a luta de classes) não há qualquer motivo para o PSOL não apoiar Lula e uma ampla aliança burguesa para a disputa de 2022. Bolsonaro é usado por um grande arco político (que inclui a Famiglia Marinho e o Itáu) como o "espantalho" de extrema-direita para forjar essa frente de colaboração entre as classes sociais. 

Cabe ao Marxistas Revolucionários denunciaram mais esse engodo "civilizatório" defendido por Freixo e Valério que está a serviço de construir governos subservientes a nova ordem mundial do capital financeiro, que mesmo posando de "progressistas" e cinicamente "defensores da vida e da ciência" jogam o proletariado e sua vanguarda nas mãos dos verdadeiros genocidas que representam o grande capital e seu terror sanitário!