sábado, 29 de maio de 2021

29M, UM PRIMEIRO BALANÇO: É O ÓDIO AO NEOFASCISTA BOLSONARO QUE COLOCOU A JUVENTUDE NAS RUAS, NÃO FOI A DEFESA DO LOCKDOWN, ISOLAMENTO SOCIAL E DAS VACINAS QUE MOBILIZARAM AS MASSAS

Neste sábado do 29M, principalmente um importante setor da juventude ganhou as ruas do país. Expressaram desta forma o profundo ódio contido ao governo neofascista de Bolsonaro, apesar de todas as limitações programáticas do móvel da convocatória para este sábado de protestos. Os atos convocados com um eixo político totalmente equivocado: Defesa do Lockdown, Isolamento Social e Vacinas, representaram um significativo fator de freio para que as amplas massas rompessem a inércia do terror sanitário imposto pelo capital financeiro e sua mídia corporativa.

Neste sentido as manifestações embora massivas em algumas regiões, em outras ficaram bem abaixo da expectativa, no geral não conseguiram levar milhões as ruas, como poderia facilmente acontecer com bandeiras “afinadas” com os sentimentos mais básicos da população, como emprego, renda, habitação digna e saúde pública de qualidade(muito mais abrangente do que “vacina no braço”).

As manifestações que ocorreram nas principais cidades do país, sofreram na véspera o boicote aberto do PT e de Lula, e hoje também encararam a repressão policial violenta dos governos da esquerda burguesa, como em Pernambuco e Rio Grande do Norte. Porém o elemento central que norteou um relativo “esvaziamento” dos atos, a exceção do Rio e São Paulo, foi a absurda “desconexão” política da esquerda reformista com os verdadeiros anseios da população pobre e oprimida. Para a oposição burguesa os atos serviriam apenas para potencializar sua demagogia eleitoral contra Bolsonaro, completamente distinto de um combate real para colocar abaixo o governo neofascista.

As massa proletária guarda uma  repulsa verdadeira pelo chamado “lockdown”, que são impostos pelos governos da oposição burguesa com a utilização do estrondoso aparelho de repressão policial dos estados, é perfeitamente justo o sentimento de desconfiança em participar de manifestações que defendam exatamente o repugnante Isolamento Social.

Somente um setor privilegiado da pequena burguesia(funcionalismo público)pode ficar em casa com o salário garantido, assistindo a esgoto da Globo defender o lockdown a cada segundo de sua programação. Os atos de hoje, focaram exatamente para este segmento “acomodado” da população, que não votará em Bolsonaro, mas que não se dispõe a ir às ruas para lutar contra o neofascista.

Os milhões de trabalhadores brasileiros “formais e informais”, que estão sendo atacados pelos governos burgueses estaduais, ainda veem com muita reserva a participação em atividades políticas que façam apologia justamente do que mais rejeitam. Além de também saberem na pele do completo sucateamento da saúde pública, gerida pelos políticos demagogos que “enchem a boca” para chamar Bolsonaro de genocida, é o velho truque do bandido gritar “pega-ladrão”, como fez o tucano João Dória.

Por isso, para levar milhões as ruas é preciso colar as manifestações no sentimento mais profundo da população e não nos desejos da classe média abastada. Abaixo o neofascista Bolsonaro e os governos burgueses do Lockdown!