ATOS PELO PAÍS NO 29M: NACIONALMENTE NÃO LEVARAM MILHÕES AS RUAS MAS DEMONSTRARAM DISPOSIÇÃO DE LUTA CONTRA BOLSONARO, DESVIADA PARA UMA PAUTA SANITÁRIA DITADA PELA BIG PHARMA E EM APOIO A FARSA DA CPI NO PARLAMENTO BURGUÊS
Os atos que ocorreram pelo país não levaram nacionalmente milhões as ruas, reuniram além da vanguarda uma ampla franja de classe média que vota no PT, PSOL... e defende a pauta sanitária da OMS. A ausência dos trabalhadores de forma organizada, em uma manifestação convocada para o sábado e não para um dia da semana de trabalho, que pudesse colocar em movimento as categorias, demonstra bem o caráter que as direções reformistas impuseram as manifestações: a defesa da vacina, isolamento social e lockdown, sem nenhum eixo de luta concreta além do vazio “Fora Bolsonaro”, uma palavra de ordem de cunho eleitoral voltada a dar força parlamentar a CPI no parlamento burguês.
Os atos foram relativamente fortes no Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre mas fracos em BH, Pará e no nordeste, apesar da repressão ocorrida em Pernambuco, justamente por um governo do chamado “Centro Civilizatório” (PSB, PDT, PCdoB).
O PT tratou de fazer a política de “um ovo em cada cesto” apostando em uma manifestação a frio nas ruas e nos estados orientando sua militância a fazer “atos virtuais de protesto”, que esvaziou ainda mais as atividades deste sábado, porque Lula deseja demonstrar seu compromisso com a governança global do capital financeiro que defende a disciplina sanitária como base da nova ordem mundial.