ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS NA SÍRIA: BASHAR AL ASSAD É REELEITO COM 95% DOS VOTOS
A notícia do resultado das eleições sírias protagonizou as manchetes da mídia árabe. O atual presidente, Bashar al-Assad, venceu as eleições com 95,1% dos votos, segundo declarou oficialmente na noite desta sexta-feira, o presidente da Assembleia do Povo (Parlamento Sírio), Hammouda Sabbagh. Assad obteve 13.540.860 votos, por maioria absoluta, disse Sabbagh, acrescentando que o número total de eleitores foi de 14.239.140. A participação nas eleições foi de 78,64% da população, que votou em um dos três candidatos propostos. Os outros candidatos representavam a oposição pró-imperialista, contando inclusive com o apoio do Enclave sionista de Israel, colheram um já esperado retumbante fiasco político.
Mas quando todas as cédulas ainda não haviam sido contadas, a União Européia, porta voz da OTAN, declarou que "não reconhecerá o resultado das eleições". Não poderia ser melhor a comprovação do acerto histórico das massas sírias, ao identificar o nacionalista Assad como um ponto de apoio para a defesa da soberania do país árabe.
Do outro lado da trincheira, os chacais do imperialismo vociferaram: “Estas eleições não foram livres e justas, não vão contribuir para a solução do conflito, não vão levar à normalização das relações entre a comunidade internacional e o regime sírio, por isso não podemos reconhecer este processo”, afirmou Josep Borrell, no final de uma reunião informal de Ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, em Portugal.
Embora pareça incrível para o imperialismo, o povo sírio, aquele que compareceu em massa as suas eleições presidenciais e que derrotou os grupos terroristas financiados pelos EUA e Israel, não tem o poder -(segundo os critérios europeus e de Washington)de cumprir o direito constitucional de eleições livres nas democracias burguesas, as quais é o povo quem escolhe seus governantes. Vejamos que a Síria está muito distante de se considerada um regime socialista, mas como seu governo representa o fio de continuidade do nacionalismo burguês árabe, não pode ser tolerado pelas corporações do capital financeiro, que espoliam a região há vários séculos.