“TEORIA DA CONSPIRAÇÃO?”: EM UMA DÉCADA O PENTÁGONO CRIOU A MAIOR BRIGADA MILITAR SECRETA DO PLANETA VOLTADA SOMENTE PARA A GUERRA HÍBRIDA
Na última década, o Pentágono norte-americano criou a maior “força militar secreta” que o mundo já conheceu. Cerca de 60.000 militares de carreira agora fazem parte dessa brigada secreta do exército dos EUA, muitos dos quais trabalham com identidades mascaradas e com um “perfil baixo”, tudo como parte de um programa massivo chamado "apagamento de trilhas" voltado para a guerra híbrida interna e internacional, da qual a esquerda reformista simplesmente ignora ou afirma que é tudo “teoria da conspiração”.
Esta brigada é dez vezes maior que os elementos clandestinos da CIA, realiza missões dentro e fora do país, tanto em uniforme militar como sob cobertura civil, na vida real e online, por vezes escondida em empresas e consultorias privadas, e corporações da mídia, algumas das quais já são conhecidas. Quem vazou estas informações não foi nenhum periódico da esquerda, mas simplesmente a insuspeita revista “Newsweek”.
Esta operação sem precedentes na história do imperialismo mundial colocou um número crescente de oficiais, civis e “contratados” sob identidades falsas, em parte como resultado natural do crescimento de forças especiais secretas, mas também como uma resposta proposital aos desafios de viajar e operar em um mundo cada vez mais polarizado, sob a tensão da “Nova Guerra Fria”.
A transferência da guerra convencional para a Internet e controle de transmissão de dados, gerou milhares de novos espiões que realizam seu trabalho diário sob nomes falsos, os mesmos tipos de operações nefastas que os Estados Unidos denunciam quando os espiões russos e chineses tentam fazer o mesmo, como tática de defesa frente a belicosidade ianque.
O relatório da revista “Newsweek” sobre este mundo secreto é o resultado de uma investigação de dois anos que incluiu a análise de mais de 600 currículos e 1.000 ofertas de emprego, dezenas de inscrições para a Lei de Liberdade de Informação e dezenas de entrevistas com os participantes, além dos responsáveis pela Secretaria de Defesa dos EUA.
O que surgiu da pesquisa é uma janela para uma seção pouco conhecida das Forças Armadas dos EUA, mas também para uma prática estatal não regulamentada. Ninguém conhece a escala total do programa, e a explosão do “apagamento” nunca foi examinada por seu impacto na política e na cultura militares.
O Parlamento norte-americano nunca realizou uma audiência sobre o assunto e os militares que lideram esta gigantesca força subterrânea desafiam a lei, as Convenções de Genebra e o código de conduta militar. Mas para manter desesperadamente a combalida hegemonia do imperialismo ianque, tudo é válido, desde que preserve os interesses do capital financeiro, sediado em Wall Street.